Estudantes dos cursos de Ciências Contábeis e Direito do Câmpus Imperatriz promovem melhorias nos espaços na UFMA e em bairros da cidade

O primeiro semestre letivo foi marcado por diversas mudanças nos espaços da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) - Câmpus Imperatriz. As disciplinas de Psicologia Jurídica, Psicologia Organizacional e Sociologia das Organizações, ministradas pela Professora Célnia Teresinha Bastos de Paula Costa, incentivaram os alunos dos cursos de Direito e Ciências Contábeis a realizarem melhorias em espaços comuns, do campus ou do bairro onde moram, e prestações de serviços à comunidade, como forma de retribuição pela qualidade da educação pública que recebem na UFMA.

Baseada no livro “A Cabeça Bem-Feita”, de Edgar Morin, a metodologia de ensino da professora tem o objetivo de desenvolver nos estudantes uma postura crítico-reflexiva, instigando-os a interferirem nos desafios cívicos, sociais e culturais  de seu quotidiano. “Mostrar que o aluno deve deixar sua marca no mundo”, pontuou a docente. A proposta da atividade era que os acadêmicos escolhessem a partir de processos crítico-reflexivos uma forma de retribuir ao espaço que frequentam o que ele lhes proporciona.

Das ações feitas pelos discentes, destacam-se os reparos dos banheiros femininos e masculinos e a revitalização dos canteiros do pátio interno e a pintura dos bancos ao redor do pé de manga, na Unidade Prof. José Batista, localizado no Centro da cidade de Imperatriz. Também realizaram visita a Casa de Apoio em Imperatriz, na qual levaram lanches e desenvolveram atividades recreativas. Os estudantes criaram um portal online para direcionamento de dúvidas sobre a Universidade e também reinauguraram o “Cantinho do Reúso”, espaço criado pela professora Edilene, do curso de Ciências Contábeis da instituição, dedicado à troca de roupas e objetos em bom estado, que podem ser reaproveitados por outras pessoas, promovendo assim,  o consumo consciente e a sustentabilidade.

O acadêmico do curso de Direito, Joilson Lucena, participou da atividade proposta pela professora e seu grupo ficou responsável pela pintura dos bancos da área da mangueira, na unidade do Centro. Segundo ele, os bancos, antes da reforma, eram pouco utilizados pelos estudantes devido às más condições e falta de manutenção dos mesmos. “A atividade contribui para que os participantes percebam que não são apenas expectadores da sociedade, mas também, agentes de transformação”, descreveu o discente.

Para a professora Célnia, a persistência da cultura de serviçais reflete uma herança histórica que ainda molda comportamentos e expectativas no cotidiano. “Que eles olhem para o ambiente e desenvolvam ações de cuidado com aquilo que é de todos”, destacou a docente. Assim, compreende que sua metodologia de ensino nas disciplinas que ministra podem contribuir para que esse pensamento se  modifique, fazendo com que os estudantes enxerguem com cuidado e pertencimento os espaços que frequentam.

Fonte: Márcia Cardinot

Fotos: Joilson Lucena