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Universidades e Petrobras discutem trabalhos sobre a Margem Equatorial Brasileira, em São Luís.

publicado: 06/09/2023 12h48, última modificação: 11/09/2023 15h48
Evento promovido pela UFMA reúne 71 pesquisadores e 10 representantes da Petrobras para identificar lacunas de conhecimento oceanográfico na Margem Equatorial Brasileira
Universidades e Petrobras discutem trabalhos sobre a Margem Equatorial Brasileira, em São Luís.

Com o objetivo de discutir e encontrar estratégias para implementar novos projetos de caracterização e monitoramento ambiental acerca da Margem Equatorial Brasileira, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio do Departamento de Oceanografia e Limnologia (Deoli) e do Centro de Ciências do Mar (CCMar), em parceria com a Petrobras e Fundação Sousândrade, promove o evento “Oficinas de trabalho sobre a Margem Equatorial Brasileira”. O encontro, que ocorre em São Luís, teve início na manhã dessa terça-feira, 5, e se estende até a tarde desta quarta-feira, 6.

A mesa de abertura do evento contou com a presença do reitor da UFMA, Natalino Salgado, o presidente da Gasmar, Allan Kardec, o representante da Petrobras, Francisco de Oliveira Borges Neto, o professor do Departamento de Oceanografia e Limnologia, João Luiz Carvalho, o Pró-Reitor de Assistência Estudantil da UFMA, Leonardo Soares e a Diretora da Ageufma, Teresa Cristina. 

A oficina tem por objetivo buscar o estabelecimento de estratégia de implementação de futuros projetos de caracterização e monitoramento ambiental por meio de oficinas de trabalho envolvendo a comunidade científica que atua nas bacias sedimentares de Barreirinhas, Pará-Maranhão e Foz do Amazonas. 

João Luiz Carvalho, professor do Deoli e um dos organizadores do evento, explica que a oficina foi idealizada a fim de agregar os principais pontos de pesquisas sobre o assunto para que sejam propostos estudos e projetos aplicados para o futuro dessa área.  “A ideia é reunir pesquisadores do Brasil inteiro que trabalham na área marinha, que realizaram pesquisas na margem equatorial ou em áreas afins, para analisarmos o que precisa ser feito, qual infraestrutura que precisamos para desenvolver pesquisas, que permita aos tomadores de decisões do futuro decidirem se vão ou não explorar comercialmente as possíveis redes de petróleo que existem ou podem existir na Margem Equatorial” relata. 

Oficinas de trabalho sobre a Margem Equatorial Brasileira - 05.09.2023

As discussões giram em torno de três temas: Recursos Vivos, Ambiente Físico e Preservação e Sustentabilidade. Reúne pesquisadores de Universidades de todo o Brasil a representantes da Petrobras para discutir o conhecimento oceanográfico sobre a Margem Equatorial Brasileira, e os documentos resultantes desses encontros vão nortear o planejamento de projetos de pesquisa oceanográfica nas áreas de bacias sedimentares, a serem executados pela comunidade científica e apoiados pela Petrobras. 

Susana Vinzon, professora da Pós-Graduação de Engenharia Costeira da Universidade Federal do Rio de Janeiro, enfatiza a relevância das discussões para pensar práticas que podem impactar positivamente a sociedade. “Reunir as universidades para entender e realizar estudos para a melhora de nosso conhecimento em futuras explorações é essencial para dar resposta à sociedade sobre as operações de busca ao petróleo. É essencial congregar o que há de melhor no Brasil em termos de conhecimento para desenvolver estudos que deem embasamento à exploração petroleira, então acredito que há uma preocupação ambiental por parte da Petrobrás, assim como há uma oportunidade de desenvolvimento econômico a curto prazo e de benefício à região”.

Com o apoio da Fundação Sousândrade (Fsadu), Joanilda Martins Rocha, coordenadora de projeto da Fsadu, destaca o papel da fundação, em parceria com a UFMA, para que trabalhos como esses sejam realizados de forma eficaz. “O papel da Fundação nessas oficinas é oferecer toda a estrutura logística para a realização do evento. Os estudos sobre a Margem Equatorial vão criar subsídios para defesas e audiências públicas para que a perfuração das margens do Amapá sejam realizadas. Visam a apresentações em audiências públicas para comprovar que é possível esse trabalho pela Petrobras ", pontua. 

O reitor da UFMA, Natalino Salgado, na solenidade de abertura, demonstrou a importância do trabalho para um futuro econômico mais sustentável  “Agendas como essa, consolidam a missão da UFMA de antecipar o futuro e garantir qualidade de vida. Temos que acelerar e fazer um trabalho coletivo de qualquer ação internacional, que mostra o poder das ciências no espaço mais curto da história da humanidade, pois a ciência é o caminho para nós navegarmos e chegarmos a um porto seguro” finalizou. 

Por: Sarah Dantas

Fotos: Gabriel Jansen

Revisão: Jáder Cavalcante

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