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UFMA realiza o evento "Oficinas de trabalho sobre a Margem Equatorial Brasileira"

publicado: 04/09/2023 17h04, última modificação: 04/09/2023 19h36
As oficinas reunirão 71 pesquisadores e 10 representantes da Petrobras para discutir e identificar lacunas de conhecimento oceanográfico na Margem Equatorial Brasileira
UFMA e Fundação Sousândrade realizam o evento "Oficinas de trabalho sobre a Margem Equatorial Brasileira"

Promovido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), será realizado, na manhã dessa terça-feira, 5, e quarta-feira, 6, o evento "Oficinas de trabalho sobre a Margem Equatorial Brasileira", no Hotel Veleiros, na Ponta d'Areia. O encontro, de iniciativa do Departamento de Oceanografia e Limnologia (Deoli) e do Centro de Ciências do Mar (CCMar), tem por objetivo buscar o estabelecimento de estratégia de implementação de futuros projetos de caracterização e monitoramento ambiental por meio de oficinas de trabalho envolvendo a comunidade científica que atua nas bacias sedimentares de Barreirinhas, Pará-Maranhão e Foz do Amazonas.

As oficinas unirão pesquisadores de todo o Brasil a representantes da Petrobras para discutir o conhecimento oceanográfico sobre a Margem Equatorial Brasileira, em que os documentos resultantes desses encontros vão nortear o planejamento de projetos de pesquisa oceanográfica nas áreas de bacias sedimentares, a serem executados pela comunidade científica e apoiadas pela Petrobras.

João Luiz Carvalho, professor do Deoli e um dos organizadores do evento, explica que a ideia é definir o que se precisa conhecer da Oceanografia da Margem Equatorial para sanar dúvidas que ainda persistem. “Dentro do processo de licenciamento da perfuração de petróleo na região, o IBAMA alega falta de conhecimento amplo da região, o que gera incertezas sobre a viabilidade de perfuração. Uma vez definidas as lacunas de conhecimento, podemos viabilizar a infraestrutura de que precisamos para cumprir esse objetivo. As universidades da Região Norte deverão ter protagonismo nesse processo, e já estamos trabalhando para isso”, expõe.

A primeira oficina deverá realizar o levantamento das pesquisas na área e das principais lacunas do conhecimento da região. Posteriormente, na segunda oficina, ainda sem data definida, serão identificadas áreas prioritárias, escopo desejado e necessidade de ampliação e adequação de infraestrutura de produção e desenvolvimento na região, para atender a futuros projetos de pesquisa que subsidiem a estratégia de um Projeto de Caracterização Regional.

Foram escolhidas, como atividades do workshop, três grandes áreas temáticas: Recursos Vivos, Ambiente Físico e Preservação e sustentabilidade. Com esses temas, os pesquisadores se reunirão com seus pares em seções específicas, e vão abordar, de forma integrada, as pesquisas já realizadas sobre o tema. Em seguida, serão formados três subgrupos dentro de cada uma dessas grandes áreas temáticas que vão discutir sobre três subtemas, em esquema de rodízio, para, dessa forma, identificar as lacunas de conhecimento, os passos necessários para atendê-las, sugestão de pesquisas, recomendações, estrutura laboratorial disponível para o levantamento de dados, estruturação das informações já disponíveis e as que serão coletadas e armazenadas em bancos de dados georreferenciados.

As contribuições de cada um dos nove subgrupos serão então reunidas, compiladas e sintetizadas, em um documento único como produto final do workshop. Cada subgrupo terá a oportunidade de contribuir separadamente para a consolidação de todos os subtemas de uma mesma grande área temática. Espera-se com isso uma maior diversidade de ideias na composição final do documento.

Após a realização do evento, o material produzido pelos facilitadores será compilado e sintetizado no Relatório de Oficina de Trabalho, que será entregue à Petrobras.

Por: Juan Terra

Produção: Sarah Dantas

Revisão: Jáder Cavalcante

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