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PRESERVAÇÃO HISTÓRICA

UFMA assina contrato de restauro e requalificação da Antiga Fábrica Progresso

publicado: 19/04/2023 09h20, última modificação: 19/04/2023 13h08
Local abrigará o Centro de Arqueologia da UFMA, com um acervo de mais de 70.000 itens arqueológicos
UFMA assina contrato de restauro e requalificação da Antiga Fábrica Progresso

O reitor da Universidade Federal do Maranhão, professor Natalino Salgado Filho, assinou contrato de serviço de restauro e requalificação do edifício histórico "Fábrica Têxtil Progresso", em cerimônia realizada na segunda-feira, 17. Fruto da parceria entre a Universidade, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Petrobras, o local abrigará o Centro de Arqueologia da UFMA, constituindo um novo espaço de exposição e pesquisas na área, que garantirá a guarda e manutenção de um acervo de mais de 70.000 itens arqueológicos. A assinatura foi feita no próprio edifício, localizado na Rua Antônio Rayol, no Centro Histórico de São Luís

Além do reitor da UFMA, também assinaram o convênio o Superintendente do Iphan, Maurício Abreu Itapary; o gerente de pós-projetos e administração contratual da Petrobras, William Frederic Schmitt; e o sócio-administrador da empresa Módulo Serviços LTDA, Jônio Luís Serra Pavão, que vai executar a obra.

O superintendente do Iphan ressaltou o valor do edifício para a cultura maranhense. “É um imóvel de muita importância para o estado, visto que, por muitos anos, funcionou a fábrica Progresso, instalada aqui no final do século XIX, e, muito tempo depois, foi também a sede do Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado, que funcionou até meados da década de 90. Além disso, vamos devolver à sociedade um prédio onde funcionará um centro arqueológico, isto é, uma instituição de guarda de achados arqueológicos. Com isso, as próximas gerações poderão ter um espaço para conhecer cada vez mais a Arqueologia do Maranhão e do Brasil”, afirma Itapary.

Fundado em 1852, o antigo edifício Sioge possui uma área de aproximadamente 1.000 metros quadrados. Segundo o docente e coordenador da reserva técnica de arqueologia da UFMA, Arkley Bandeira, no local funcionará um museu arqueológico destinado à exposição das peças, além de bibliotecas, laboratórios de pesquisa e local de guarda do acervo. "Temos 200.000 peças arqueológicas de diferentes modalidades de pesquisa. A proposta é fazer do Centro de Arqueologia um espaço, tanto de exposição como para pesquisa e preservação de materiais”, comentou. Ainda de acordo com o professor, o projeto surgiu com o objetivo de guardar o acervo oriundo na área que seria ocupada pela refinaria Premium, localizada em Bacabeira (MA), onde foram encontrados materiais históricos datados em mais de 10 mil anos de idade, encontrados em 200 sítios arqueológicos diferentes.

O reitor Natalino Salgado ressaltou a importância da preservação dos monumentos históricos da cidade, trabalho esse que a UFMA vem realizando em parceria com o Iphan desde 2015. “Com esse projeto, vamos devolver para a cidade esse belo monumento arquitetônico do passado, com a função de revitalizar a história e, sobretudo, realizar o resgate dos nossos antepassados. Vale lembrar que a nossa Universidade tem dado uma contribuição inestimável na recuperação destes conjuntos de patrimônios no centro da cidade de São luís, a exemplo da restauração de prédios, como a antiga fábrica Santa Amélia, onde hoje funcionam os cursos de Hotelaria e de Turismo, além do palacete Gentil Braga, o Palácio Cristo Rei, entre outros prédios da nossa Universidade’, ressaltou.

  

Por: Orlando Ezon

Produção: Alan Veras

Revisão: Jáder Cavalcante

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