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Seminário “Ori: Vivências e experiências negras” contará com a participação de integrantes de comunidades quilombolas, nos dias 20 e 27 deste mês
Nos dias 20 e 27 deste mês, a partir das 15h30, por meio do canal do Youtube Coletivo Encontros Marginais, ocorrerá um ciclo de rodas de conversas que compõe o seminário “Orí: Vivências e experiências negras”. Ao todo, são quatro rodas de conversas. Nos dias 6 e 13 de fevereiro, já ocorreram “Territórios e territorialidades negras: racismo, desenvolvimento e resistências” e “A vida é um direito: Saúde da População Negra e Covid 19”, respectivamente.
No dia 20, ocorrerá a roda de conversa “Educação como um ato de liberdade: diálogo sobre a Lei 10.639/03 e 11.645/08 - A importância da inclusão digital e tecnológica na vida das crianças e dos jovens negros”, que contará com a participação de Anacleta Pires, do quilombo Santa Rosa dos Pretos, localizado em Itapecuru Mirim; de Raimundo José da Silva Leite, do quilombo Rampa, em Vargem Grande; de Fernando Brongar, do Movimento Negro de Uruguaiana; e de Lucca Maypurá, mestrando em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e pós-graduando em História e Cultura Afro-brasileira e Indígena do Instituto Federal Bahiano (IFBahiano).
Já no dia 27 de fevereiro, ocorrerá a roda de conversa “Quando o tambor fala, o corpo responde: religiões afro-brasileiras e ancestralidade”, com a participação de João Batista, do quilombo Santa Joana, também em Itapecuru Mirim; de Dalva Pires, do quilombo Santa Rosa dos Pretos; Mestre Cica de Oyó, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul; e de Paulo de Xapanã, da Nação Cabinda Guaíba, também do Rio Grande do Sul.
Para encerrar o seminário, ocorrerá a apresentação cultural das caixeiras do Divino Santa Rosa dos Pretos e a declamação da poesia de Maya Angelou “Ainda assim eu me levanto”. Para participar das rodas de conversas, basta acessar a plataforma de inscrição.
Segundo Dayanne Santos, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pesquisadora do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (Gedmma) da UFMA e coordenadora do Coletivo Encontros Marginais (MA) e uma das organizadoras do seminário, no final de 2020, mulheres negras ativistas começaram a se reunir virtualmente para debater o protagonismo do povo negro no Brasil, tendo como base suas vivências e experiências.
“Com base nessas conexões virtuais, surgiu o seminário, o qual denominamos Orí, que são estratégias coletivas que encontramos e criamos com a ajuda da matriz africana para tecer vida, autonomia, autocuidado e resistência em prol de uma sociedade brasileira que caminhe para o reconhecimento das humanidades afrocentradas dinâmicas e extensas, ou seja, no reconhecimento, não no genocídio e silenciamento dos corpos e territórios negros no Brasil e para além de suas fronteiras”, explicou.
Outras informações sobre o seminário podem ser obtidas por meio do Instagram @encontrosmarginais.
Saiba mais
O evento recebe o apoio do Gedmma da UFMA, do Movimento Negro de Uruguaiana, da União das Comunidades Quilombolas de Itapecuru Mirim (Unicquita), do Laboratório Urgente de Teorias Armadas (Luta) da UFRGS; do Núcleo de Estudos Afro-brasileiro, Indígenas e Africanos (Neab) da UFRGS, e dos coletivos Encontro Marginais e Pinga Pinga.
Por: Allan Potter
Revisão: Jáder Cavalcante