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Projeto de pesquisa sobre hanseníase avalia pacientes e como a doença interfere na qualidade de vida

publicado: 27/06/2022 18h04, última modificação: 27/06/2022 20h20
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A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que afeta a pele e o sistema nervoso periférico em membros, cabeça, mãos e pés, ocasionando perda de sensibilidade, dormência, ardor e, em muitos casos, manchas claras ou vermelhas pelo corpo. O projeto “Aspectos clínicos, sociodemográficos, epidemiológicos e operacionais da hanseníase em município epidêmico da Baixada Maranhense” tem por objetivo pesquisar e avaliar a situação de pacientes com hanseníase e como a doença interfere na qualidade de vida.

O projeto, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e com o apoio do Centro de Ciências de Pinheiro, é realizado pela professora Dorlene Maria de Aquino, coordenadora geral e docente do curso de Enfermagem na Cidade Universitária Dom Delgado, pelo docente do curso de enfermagem do Centro de Ciências de Pinheiro e coordenador local, Daniel Lemos, e pela Coordenadora Municipal do Programa de Controle de Hanseníase e Tuberculose, a enfermeira Angélica Sá. A equipe do projeto também é composta por estudantes do curso de graduação de Enfermagem do Centro de Ciências de Pinheiro.

O estudo está em fase de pesquisa de campo nas Unidades Básicas de Saúde do munícipio de Pinheiro, na qual estão sendo realizadas avaliações dos pacientes. A coleta de dados iniciou-se ano passado, por meio do Sistema Nacional de Atendimento Médico (SINAM). Devido à pandemia, foi necessário aguardar para iniciar a coleta presencial, por meio da abordagem com pessoas afetadas pela hanseníase que estão em tratamento e dos contatos, que são pessoas que moram na mesma residência da pessoa diagnosticada que está em tratamento.

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A professora Dorlene Aquino comentou que o projeto tem uma importância muito grande, visto que, se for observado nas pessoas atendidas alguma alteração ocasionada pela doença, a equipe fará a interversão ou o encaminhamento para o médico, visando minimizar os problemas ocasionados pela doença, e isso acaba trazendo retorno da Universidade para a sociedade e para o munícipio de Pinheiro.

“Um outro ponto importante é que, com baae nos exames dos contatos, a equipe executora do projeto poderá diagnosticar novos casos de hanseníase e encaminhar o paciente para a equipe especializada. O tratamento precoce da doença evita, assim, a evolução da doença como também evita que o afetado venha a apresentar incapacidades físicas em decorrência da doença”, afirmou a pesquisadora, lembrando que o projeto já conseguiu diminuir em torno de 50% de detecção de novos casos.

Saiba +

O Maranhão é o estado que ocupa o primeiro lugar em relação ao número de casos de hanseníase detectados em crianças menores de quinze anos, e os casos nesse público significam que a transmissão é intensa e está ocorrendo muito precoce visto que a média do período de incubação gira em torno de cinco anos.

Por: Hemylly Mendes

Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Revisão:  Jáder Cavalcante