Notícias
Projeto de extensão da UFMA compartilha conhecimento científico com estudantes da educação básica com foco no litoral amazônico brasileiro
Com os olhinhos atentos e curiosos, os pequenos alunos de Colégio Educallis visitaram a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), para saber mais sobre os surpreendentes tubarões e as incríveis raias que habitam o litoral amazônico. Por meio do projeto de extensão “Tubarões e raias amazônicos na estrada: biodiversidade e conservação”, vinculado ao Laboratório de Organismos Aquáticos (LabAqua), crianças de 4 a 5 anos, puderam conhecer as diversas espécies e aprender sobre a conservação de tubarões e raias amazônicos.
A atividade faz parte do calendário do projeto que tem o intuito de aproximar a comunidade dos resultados das pesquisas científicas realizadas na região do litoral amazônico. “O nosso projeto de extensão é itinerante, mas hoje a gente está recebendo uma escola aqui, que é o Colégio Educallis. Vamos tentar fazer uma atividade lúdica dentro do imaginário deles e do projeto que a escola está trabalhando”, afirmou o coordenador do projeto, Jorge Nunes.
Segundo o coordenador, “o objetivo é trabalhar conceitos de evolução, ecologia, biodiversidade, conservação de tubarões e raias amazônicos, de maneira muito especial, porque a gente foca nas pesquisas que são realizadas aqui pela Universidade Federal do Maranhão”.
A gestora pedagógica da escola, Danieslem Ferreira, destaca a atividade como uma oportunidade de os alunos vivenciarem o que é trabalhado na sala aula. “É uma oportunidade que as crianças têm de estar aqui dentro da Universidade para aprofundar os estudos que estão sendo estudados dentro da sala. É uma oportunidade que eles têm de conhecer, para que os especialistas possam falar um pouco mais sobre o assunto, sobre a temática que eles já vivenciaram e há bastante tempo”, observa gestora.
Programas para diferentes faixas etárias
O projeto contempla diversas faixas etárias da educação básica. Durante a atividade realizada nessa quinta-feira, 29, o foco esteve na educação infantil, atendendo a crianças de 4 a 5 anos, com uma abordagem lúdica e interativa. Segundo Nunes, a proposta foi pensada para dialogar com o universo imaginativo das crianças e também com o projeto pedagógico que já está sendo trabalhado pela escola. Essa modalidade da atividade é denominada Cientista Mirim.
Para estudantes do ensino fundamental e médio, a iniciativa oferece o programa Cientista do Futuro, que traz atividades mais aprofundadas, sempre alinhadas com o currículo nacional estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC).
“Para jovens, a gente tem um programa fundamental e médio que é o Cientista do Futuro. Então, a gente vai desenvolver atividades um pouco mais além do que a gente trabalha com as crianças dentro do ciclo infantil”, explica o professor.
Enfoque regional como diferencial
Um dos principais diferenciais do projeto é o seu enfoque regional. Todo o conteúdo apresentado é baseado em pesquisas desenvolvidas, especificamente, no litoral amazônico brasileiro, sem recorrer a dados de outras localidades.
“Aqui, em momento algum, a gente vai trazer informações lá da Groelândia, da Austrália, dos Estados Unidos, porque o nosso enfoque é o litoral amazônico brasileiro. A nossa cultura, a nossa identificação, a nossa biodiversidade, nosso processo evolutivo. Então esse é o nosso diferencial”, destacou o professor.
Integração entre pesquisa, ensino e extensão
Além da proposta educativa, a atividade também evidencia o papel da UFMA como instituição protagonista nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. O projeto está vinculado a um grupo de pesquisa registrado no CNPq e reúne pesquisadores de diversos estados da região amazônica, como Amapá e Pará (UFRA e UFPA), a FIOCRUZ, do Rio de Janeiro, além de colaboradores de outros centros do país.
A ação reforça o compromisso da Universidade com a valorização da biodiversidade local e com a formação cidadã por meio do conhecimento científico.
Por: Ingrid Trindade
Fotos: Ingrid Trindade
Revisão: Jáder Cavalcante