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Orientado por docentes da UFMA, pôster científico é premiado no XXII Congresso da Sociedade Brasileira de Arqueologia

publicado: 22/11/2023 13h32, última modificação: 22/11/2023 13h37
Orientado por docentes da UFMA, pôster científico é premiado no XXII Congresso da Sociedade Brasileira de Arqueologia

Com o tema “Arqueologias Plurais: Políticas Patrimoniais e Desafios Contemporâneos”, o XXII Congresso da Sociedade Brasileira de Arqueologia (SAB), realizado de 13 a 17 deste mês, em Florianópolis (SC), premiou um pôster científico do mestrando Thales Castro Brandão Vaz dos Santos (Universidade de Coimbra), que foi orientado por docentes do Programa de pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente (Prodema), vinculado ao Departamento de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Maranhão (Deoli-UFMA).

Com o título “Utilização de geoprocessamento na localização de potenciais sítios arqueológicos associados a camboas de pedra no litoral maranhense”, o pôster foi publicado no catálogo de Resumos do XXXII Congresso da SAB. Na ocasião, a UFMA foi representada pelo arqueólogo Arkley Marques Bandeira (Deoli-UFMA), que junto com o professor Leonardo Silva Soares e Márcio Vaz, professor aposentado do Departamento, orientaram a referida pesquisa.

Camboas de pedras

O professor Arkley Bandeira informou que a pesquisa focou nas camboas de pedra, que são currais de pesca permanentes construídos com rochas encontradas em áreas de falésias, próximos aos limites das praias, na região entre marés, com os peixes adentrando na maré alta e ficando presos na baixa-mar. No Brasil, existem registros de sua ocorrência nos estados da Bahia, Maranhão e Pará.

“Na Ilha de São Luís, já foram objeto de estudo camboas de pedra que apresentaram associação com sítios arqueológicos. O modelo conceitual proposto para a utilização das camboas de pedra como indicadoras de sítios arqueológicos potenciais considera o relevo dos tabuleiros litorâneos na linha de costa, a livre inundação diária por marés, sem obstrução por cordões arenosos e florestas de mangue, e a exposição da plataforma de abrasão à ação contínua de ondas e correntes litorâneas”, conclui o professor. A terceira variável é o posicionamento da linha litorânea em relação à direção predominante de ondas e correntes.

Imagens de satélite

O mestrando Thales Castro dos Santos informou que, para o mapeamento do relevo foi utilizado o banco de dados de modelo digital de superfície do satélite ALOS 2, e o mapa de manguezais do Global Mangrove Watch 3.0. “O modelo conceitual foi testado nas camboas da Ilha de São Luís, considerando a maior disponibilidade de imagens e aerofotos históricas. O restante do litoral maranhense foi mapeado utilizando os mesmos critérios”, disse o pesquisador. “A ocorrência de camboas foi verificada utilizando as imagens de satélite do site Google Earth Pro. O mapeamento identificou 23 camboas na Ilha de São Luís e 41 para o restante do litoral maranhense”, finalizou Márcio Santos.

Por: Deoli -  Paulo Washington Reis

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