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Mestrando do PGLetras é premiado em São Paulo por campanha de conscientização no trânsito

publicado: 26/06/2024 14h35, última modificação: 26/06/2024 14h35
Mestrando do PGLetras é premiado em São Paulo por campanha de conscientização no trânsito

Com um viés educacional e inclusivo, o mestrando do  Programa de Pós-Graduação em Letras (PGLetras) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Ulisses Bertoldo, desenvolveu juntamente dos observadores certificados do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), Anderson Boás e Johnathan Fontinele, o projeto 'Maio Amarelo Sem Fronteiras', que vem sendo celebrado ao redor do país. Na última sexta-feira, 14, a ação, que visa integrar a educação para o trânsito no contexto de ensino e aprendizagem de idiomas, foi premiada na sétima edição do Prêmio Destaques Maio Amarelo, promovido pela ONSV, em São Paulo, como parte da programação do terceiro ano do evento Parque da Mobilidade Urbana.  

O projeto nasce em consonância com a iniciativa geral do Maio Amarelo, que possui amplitude global. Foi pensando justamente no alcance mundial dessa ação que os desenvolvedores do Maio Amarelo Sem Fronteiras resolveram coletar materiais referentes a campanhas de conscientização no trânsito de diversos países e adaptar para o cenário educacional, visando abranger escolas, escolas bilíngues, cursos de idiomas e graduações. As atividades buscam ativar as habilidades linguísticas dos estudantes por meio da integração de conteúdos relacionados à segurança viária, desenvolvendo pensamento crítico, empatia e consciência social, e gerando efeitos positivos no trânsito, transporte e mobilidade.

A importância social e pedagógica de uma ação como essa se fortalece diante do cenário que o país enfrenta nas estradas e rodovias. De acordo com o último levantamento feito pelo Ministério da Saúde,  por meio do Sistema de Informações de Mortes (SIM), foram registradas 33.894 mortes no trânsito em 2022 no Brasil. Já no Maranhão, foram 1.008 acidentes de trânsito registrados em 2023, de acordo com números do Departamento de Trânsito do Maranhão (DETRAN - MA). O projeto busca transversalizar o ensino sobre essa questão, rompendo as barreiras linguísticas na segurança viária por meio de movimentações diversas ocorridas nas salas de aula. É o que afirma o co-criador da ação, Ulisses Bertoldo. “Abordamos a temática do projeto de diversas formas, por meio de palestras, aulas, apresentações, esquetes teatrais e outras ideias realizadas em conjunto com os professores e coordenadores pedagógicos dos locais recebedores da ação. A nossa abordagem é variável, depende do público ao qual queremos chegar. Temos que respeitar o momento em que aqueles alunos estão em seus cursos para que possamos chegar o mais perto possível do que vai fazer sentido e gerar sentimento para os estudantes”. 

“Enquanto aluno do mestrado de Letras, eu posso dizer que levar essa discussão sobre a segurança viária tem um outro aspecto importante, que é humanizar esses locais de ensino e aprendizagem de língua estrangeira, além de humanizar a discussão sobre um tema que vem sendo tratado de forma bastante automática, porque, no fim do dia, estamos falando sobre a redução de mortes e a vida das pessoas”, finaliza Ulisses Bertoldo. 

Os primeiros passos do Maio Sem Fronteiras em graduações de idiomas ocorreram no Departamento de Letras (DLER) da UFMA, por meio do curso de Letras - Francês. A professora Gloria França, docente do DLER e do PGLetras em São Luís e Bacabal,  frisa a relevância da iniciativa ao possibilitar com que a comunidade acadêmica se comunique de maneira frontal com temáticas relevantes para a sociedade civil como um todo. “Receber uma ação dessas nos coloca diretamente no eixo da extensão, que é dialogar com a comunidade de modo amplo, e fazer com que nossos alunos de Letras se reconheçam em debates que dizem respeito a questões sociais muito atuais, como a segurança do trânsito. Esse projeto faz vir dentro da Universidade, dentro da sala de aula, servidores de outra área de atuação, mostrando como é interessante e importante o vínculo da nossa instituição para além dos muros. Nós pudemos desenvolver um debate em francês no momento, com perguntas e respostas, uma análise de vídeo, e tivemos acesso a todo esse material desenvolvido em língua francesa. Então, com isso, podemos perceber que o ensino e aprendizagem de idiomas precisa estar em torno de temas atualizados e relevantes para a sociedade, de modo que a gente traga o ensino de uma língua viva e atual", destaca.

Por: Gabriel Jansen

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