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I Ciclo de Debates da Proen e da Coordenação de Políticas de Ações Afirmativas da UFMA discutiu ontem, 29, as cotas indígenas na Universidade

publicado: 30/04/2021 14h00, última modificação: 03/05/2021 18h46
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Foi realizado, ontem, 29, o I Ciclo de Debate da Pró-Reitoria de Ensino (Proen) e da Coordenação de Políticas de Ação Afirmativa (CPAF), com o tema “Abril Indígena Discutindo as Ações Afirmativas: as cotas Indígenas na UFMA”, que debateu sobre as políticas de ações afirmativas e as condições das cotas voltadas para a população indígena na Universidade.

O evento contou com a mesa-redonda “As cotas Indígenas na UFMA”, tendo como mediadora a professora Ana Caroline Amorim Oliveira, do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PGCult), e como participantes a professora Larissa Lacerda Menendez, do Departamento de Artes Visuais da UFMA; e José Arão Marizê Lopes Guajajara, líder indígena e vereador de Grajaú; além da pró-reitora de Ensino, Isabel Ibarra Cabrera, que falou sobre a importância do debate.

“O debate é muito produtivo para pensarmos e repensarmos sobre as nossas políticas afirmativas. Temos que começar a acreditar também que a Universidade precisa ouvir e incluir os estudantes de outras culturas e etnias no debate, pois só assim ela será diferente, inclusiva e diversa”, pontuou.

A professora Larissa Menezes iniciou a mesa ressaltando algumas ações afirmativas que colaboraram para o ingresso dos indígenas no ensino superior. “O ingresso dos indígenas foi, principalmente, iniciado com as parcerias que a Fundação Nacional do Índio estabeleceu com instituições, e, desde 2004, tivemos programas como o Prouni, que foi importante para o acesso dos indígenas ao ensino superior. A criação do Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais Indígenas foi suprindo parcialmente a formação diferenciada de professores indígenas e a oferta das vagas especiais em cursos regulares”, informou.

Para o líder indígena José Arão, o ideal seria a criação de um vestibular específico voltado para a população indígena, garantindo um número maior dessas pessoas na Universidade. “O Enem é uma competição desigual, muitas pessoas que fazem o exame tiveram a oportunidade de fazer cursinho preparatório, enquanto que os indígenas que estão nas aldeias estudando por conta própria não têm condições de competir pelas vagas, seja em qualquer universidade. Por essa razão, é necessário que seja feito um vestibular diferenciado para os indígenas na UFMA”, sugeriu.

Por: Kelle Dias

Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Revisão: Jáder Cavalcante

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