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Fapema celebra vinte anos e homenageia pesquisadores da UFMA

publicado: 03/01/2024 13h16, última modificação: 10/01/2024 13h29
Fapema celebra 20 anos e homenageia pesquisadores da UFMA

Comemorando seus vinte anos, a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) lançou a edição 47 da Revista Inovação, que apresenta um fragmento significativo dessa história e celebra os cientistas que conquistaram o Prêmio Fapema e que prosseguem em sua trajetória de pesquisa. Entre os pesquisadores que receberam destaque na publicação, professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e pesquisas desenvolvidas nos laboratórios da Universidade.

As duas décadas de história da Fapema são também as histórias de pessoas que têm suas jornadas marcadas pela dedicação à ciência e, nos dias atuais, ainda contribuem com a produção de conhecimento em diversas áreas, no Maranhão. Um recorte desse cenário é a matéria especial que aborda as pesquisas e a trajetória de pesquisadores da UFMA, consagrados no cenário maranhense: Josefa Lopes, Istvan Varga, Antonio Rafael da Silva, Flávia Nascimento, Victor Mouchereck e Allan Kardec Barros Filho.

Para a atual Pró-reitora da Ageufma, Flávia Nascimento, que teve a Fapema permeando a sua caminhada acadêmica desde a graduação, ter o reconhecimento da Fundação é um momento ímpar. “A FAPEMA participa da minha vida desde a graduação. Quando me formei, concorri com minha monografia, orientada pela professora doutora Rosane Guerra, ao prêmio e tirei o segundo lugar. O trabalho era sobre o efeito da tiquira na resposta imunológica em camundongos. Esse foi meu primeiro prêmio na vida. Mais tarde, experimentei novamente a sensação do prêmio Fapema, dessa vez, como orientadora, um saber diferente, sem dúvidas. E, finalmente, cheguei ao prêmio de Pesquisadora Sênior, o que me deixou muito feliz e com a sensação de que a meta de voltar para o Maranhão e fazer ciência de qualidade e formar pessoas havia sido cumprida. Achei a homenagem da Fapema muita linda. Importante o reconhecimento aos pesquisadores do nosso estado. Em meio a tantos ataques à ciência, ela luta e sobrevive. Juntos pela ciência!”, comentou a pró-reitora.

Em vinte anos, a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão já investiu cerca de R$ 500 milhões em apoio à pesquisa, em constante conexão com a inovação tecnológica e o desenvolvimento do Maranhão. Nesse contexto, a Fapema torna-se uma peça chave para a pesquisa científica no estado, como avalia a professora Flávia:

“Quanto ao apoio da Fapema, ele é imprescindível. O êxito que o Maranhão vem tendo no âmbito da pesquisa e pós-graduação é fruto desse financiamento da Fapema. O fomento com bolsas e recursos para custeio e capital permitem que realizemos projetos competitivos com o restante do país. Importante demais a manutenção deste fomento constante, a previsibilidade dos editais, a avaliação adequada baseada em critérios diferenciados por área, a construção coletiva dos editais com os comitês, a união e parceria com as instituições públicas de ensino superior. Todos queremos uma Fapema forte e cada mais desenvolvida. O sucesso da Fapema é o sucesso de todos nós!”

O reitor da Universidade Federal do Maranhão, Fernando Carvalho Silva, também deixou sua marca na história da Fundação, que tem fomentado pesquisas na área das ciências exatas. Com apoio da FAPEMA, Fernando Carvalho dedicou-se a projetos com foco nos processos de produção de biodiesel, a partir de óleos vegetais extraídos da soja e do coco babaçu.

Professor recordista

13 troféus e um recorde estabelecido. O professor Aristófanes Corrêa Silva, que tem uma trajetória acadêmica nacionalmente reconhecida e dedica suas pesquisas para o campo das imagens médicas e inteligência artificial, é o recordista de Prêmios Fapema ao longo da história da Fundação.

Confira a entrevista, em vídeo, que o professor Aristófanes Corrêa Silva concedeu à Revista Inovação.

Para além de São Luís

Do câmpus de Balsas, as pesquisas para entender a qualidade dos ecossistemas e da população que depende dos recursos ambientais, da professora Débora Batista Pinheiro Sousa, foram alguns dos destaques que marcam o histórico de pesquisas apoiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), na área biológica.

Na sua vasta experiência ao longo de dez anos em estudos na área de ecotoxicologia e biotecnologia, a pesquisadora conquistou a menção honrosa no prêmio FAPEMA 2018 na categoria desenvolvimento humano, contribuindo com estudos biológicos e sociais com as comunidades do entorno da cachoeira do Macapá; Menção Honrosa no prêmio FAPEMA 2021, categoria tese de doutorado; Prêmio FAPEMA 2022, categoria tese de doutorado e Prêmio Porto do Itaqui/FAPEMA 2022, categoria tese de doutorado. Além disso, a pesquisadora conta com o apoio de quatro projetos em andamento apoiados pela FAPEMA.

“Sinto-me muito honrada pelo reconhecimento da FAPEMA no Prêmio Tese de Doutorado e Prêmio Porto do Itaqui, ambos no ano de 2022. O apoio da FAPEMA tem sido crucial no desenvolvimento das pesquisas no nosso estado, uma vez que buscamos responder as lacunas da sociedade, trazendo soluções para os desafios atuais”, afirmou a professora.

Ainda no âmbito da biologia, outros dois professores da UFMA também tiveram suas pesquisas reconhecidas: Aramys Silva dos Reis, do Câmpus Imperatriz, e Jorge Luiz Silva Nunes, do Câmpus Bacanga, em São Luís.

“Acho que o reconhecimento é sempre bem-vindo, apesar de trabalharmos sem pensar em recompensa. Quando aparece o reconhecimento, o sentimento é de motivação para continuarmos o trabalho e buscarmos sempre a excelência. Considerando que o reconhecimento parte de uma agência de fomento à pesquisa como a FAPEMA, ele é assimilado, mas prontamente processado em quão importantes são a disciplina profissional e a dedicação na pesquisa, o que justifica o investimento do recurso público e dos interesses dos cidadãos que financiam a ciência por meio dos seus impostos. Assim, espero poder corresponder aos investimentos por muitos anos, principalmente na formação de recursos humanos de qualidade”, avaliou o professor Jorge Luiz Silva Nunes.

Segundo Nunes, a Fapema tem sido fundamental ao Laboratório de Organismos Aquáticos da UFMA porque grande parte dos projetos e bolsas tem sido da Fundação. “Nós temos uma longa história de parceria que pode ser contada em vários tipos de editais, como infraestrutura, produtividade, livros, coleção, estágios, bolsas em todos os níveis de formação, pós-doutorado, professor visitante etc. Em resumo, a nossa história tem sido possível graças aos diversos tipos de apoio que recebemos da FAPEMA. Por fim, acredito que a nossa história também resume a história de muitos laboratórios e pesquisadores maranhenses, mudando patamar da ciência no Maranhão”, contou.

Outros pesquisadores da UFMA que também têm uma história marcante com a Fapema, conquistaram prêmios e seguem suas trajetórias de pesquisa: Márcio Carneiro, João Bottentuit Jr, Luciano Façanha, Manoel Messias, Desterro Nascimento, Érika Thomaz e Antonio Moura da Silva.

Confira a edição 47 da Revista Inovação.

Com informações da Revista Inovação

Por: Ingrid Trindade

Revisão: Jáder Cavalcante

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