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Discente de Licenciatura em Geografia apresenta TCC sobre a temática “Educação inclusiva: a educação geográfica para alunos com transtorno do espectro autista”

publicado: 25/02/2022 11h23, última modificação: 25/02/2022 20h41

A discente Nayra Adriana da Silva Barbosa Fernandes apresentou a pesquisa “Educação inclusiva: a educação geográfica para alunos com transtorno do espectro autista” como trabalho de conclusão de curso (TCC) do curso de Licenciatura em Geografia. O filho dela possui transtorno do espectro autista (TEA), e o trabalho foi construído em grupos voltados para o assunto, com base na troca de experiências e relatos sobre as temáticas de inclusão social, diagnóstico, terapias e abordagens práticas de atividades para o fomento do processo de aprendizagem.

A pesquisa de Nayra analisou o acesso de alunos autistas na área escolar inclusiva, visando identificar as contribuições da educação geográfica para eles em diversos contextos educacionais. “Nenhum autista é exatamente igual ao outro, há níveis que vão do leve ao severo. Esses indivíduos precisam de espaços sociais para o melhor desenvolvimento dessas áreas, e a escola deve exercer essa função social, educativa e inclusiva pautada na universalização de acesso e permanência escolar”, afirmou. Ela acrescentou que a grande barreira no Brasil é a política de inclusão, que é reconhecida de forma enfática para pessoas com deficiência, e não para acesso cultural de todos.

Com esse trabalho, a estudante espera deixar um legado, mostrar que a geografia não precisa ser ensinada apenas no ensino regular comum e pode ser aproveitada e desenvolvida em diferentes contextos de aprendizagem e socialização. Além disso, busca sensibilizar outros colegas para a necessidade de conhecimento do TEA, que o autista precisa construir sua identidade e personalidade e mostrar que a educação geográfica pode fornecer muitas possibilidades. “O autista não pode ficar fora do processo de ensino e aprendizado por causa de sua condição, pois isso configura discriminação e crime, e a educação geográfica pode ser elevada e aplicada fora dos muros dos espaços de ensino regulares”, declarou.

Por: Kaio Lima

Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Revisão: Jáder Cavalcante

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