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Curso da UNA-SUS-UFMA discute o atendimento efetivo na saúde para pessoas com deficiência auditiva

publicado: 27/09/2022 19h18, última modificação: 27/09/2022 19h59

No dia 26 de setembro, foi celebrado o Dia Nacional do Surdo, data que relembra, a toda a sociedade, a luta da comunidade surda brasileira por direitos e inclusão. O atendimento da pessoa com deficiência tem sido um desafio na saúde. Por isso, nessa segunda, a UNA-SUS-UFMA reforça a importância da qualificação profissional no cuidado inclusivo por meio do curso Comunicação efetiva com a pessoa com deficiência auditiva e surda na Atenção Primária à Saúde.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 10 milhões de pessoas têm alguma deficiência auditiva no país, entre as quais, 2,7 milhões vivem com muita dificuldade ou não conseguem de modo algum ouvir.

Segundo a coordenadora geral da UNA-SUS-UFMA, Ana Emilia Figueiredo de Oliveira, a comunicação entre profissionais de saúde e pessoas com deficiência auditiva ainda é um desafio. “Por isso a oferta visa explorar as possibilidades de comunicação entre profissionais de saúde e pessoas com deficiência auditiva, dando visibilidade às práticas mais resolutivas e difundindo o conhecimento com vistas a estabelecer o processo de comunicação mais inclusivo nas ações de saúde”, destacou.

Setembro Azul

O mês, aliás, é chamado de Setembro Azul porque se dedica à conscientização sobre as conquistas da comunidade surda e quão urgente e indispensável é a ampliação da acessibilidade.

Marcado por diversos eventos históricos para a comunidade surda, em setembro, também se celebra o Dia Internacional da Linguagem de Sinais, no dia 23, data alusiva à criação da Federação Mundial dos Surdos, instituição presente em mais de 100 países, que luta pelos direitos desse público. Escolhido por ser a data da fundação da primeira escola de surdos no país, o Dia do Surdo, no Brasil, foi oficializado em 2008, por meio do Decreto de Lei nº 11.796.

Já o Dia Internacional do Surdo ocorre no dia 30 de setembro, bem como o Dia Internacional do Tradutor Intérprete de Línguas de Sinais. A escolha da cor azul como símbolo remete à época da 2ª Guerra Mundial, quando as pessoas com deficiência eram identificadas com uma faixa azul e eram executadas. Em 1999, a fita azul passou a ser usada pela comunidade surda como um símbolo de orgulho e de resistência, ideia que surgiu durante o XIII Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos, que ocorreu na Austrália.

Inclusão na saúde

A capacitação Comunicação efetiva com a pessoa com deficiência auditiva e surda na Atenção Primária à Saúde está centrada no atendimento na Atenção Básica, pois é considerada o primeiro nível de contato do usuário com o sistema de saúde. “Buscamos capacitar profissionais com foco na diminuição das barreiras de acesso às pessoas com deficiência auditiva às informações e aos recursos ofertados por este nível de atenção, impactando diretamente na eficácia das intervenções dos profissionais de saúde”, observou Ana Emilia.

Com carga horária de 180 horas e gratuito, o curso utiliza recursos multimídia para facilitar a dinâmica de aprendizagem e é aberto para profissionais de saúde de todo o país. “Embora o profissional possua alto domínio técnico-científico, caso não consiga desenvolver habilidades de comunicação, suas intervenções serão limitadas. Por isso a capacitação busca reconhecer algumas das estratégias de cuidado para a oferta de serviços mais inclusivos na Atenção Primária em Saúde, utilizando um ambiente virtual de aprendizagem com acesso a diversos suportes educacionais, como vídeos, podcasts, infográficos, além de gerenciar conteúdos e materiais complementares de forma ágil e dinâmica”, frisou a coordenadora pedagógica, Paola Trindade.

A oportunidade educacional é fruto da parceria entre o Ministério da Saúde e a Universidade Federal do Maranhão, por meio da Diretoria de Tecnologias na Educação (DTED-UFMA), Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e Grupo Saite (CNPq-UFMA). Os interessados podem se inscrever por meio do site unasus.ufma.br e iniciar o curso de imediato.

Por: Maiara Pacheco/UNA-SUS-UFMA

Revisão: Jáder Cavalcante

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