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Coletivo Encontros Marginais debaterá em live a Capoeira Angola desde o quilombo, no dia 18, a partir das 18h, em transmissão pelo Instagram

publicado: 13/05/2021 11h18, última modificação: 13/05/2021 15h56

Promovido pelo Coletivo Encontro Marginais e com transmissão pelo Instagram @encontromarginais, no dia 18 deste mês, a partir das 18h, ocorrerá a transmissão da live “Capoeira Angola desde o quilombo”, com a participação de Sandro Rodrigues, mestre de capoeira do território quilombola de Santa Joana, localizado no município de Itapecuru-Mirim, e com a mediação de Dayanne Santos, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pesquisadora do Grupo de Estudos “Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente”  (Gedmma) da UFMA e coordenadora do Coletivo Encontros Marginais.

Segundo a pesquisadora, o convidado dessa live é filho do grupo Mandingueiros do Amanhã, coordenado pelo mestre Bamba, em São Luís, e que há anos vem, por meio da capoeira, fortalecendo a luta e os territórios negros com o coletivo Encontro Marginais, partilhando de sua trajetória como aluno e professor de uma tradição.

“Por meio da capoeira, renovam-se as defesas e as lideranças dos quilombos do Brasil. A roda é o meio pelo qual o corpo e a terra se fundamentam no bailado do corpo negro feminino, masculino, plural e insurgente. No arrastar das pernas, o corpo se enraíza plantando bananeira na defesa dos territórios negros”, explicou.

Ela ainda reforça que o coletivo Encontros Marginais existe há mais de um ano e é coordenado por homens, mulheres e pessoas LGBTQIA+ que estão fazendo da margem e da mídia um lugar de luta contra o racismo e pela valorização dos saberes dos povos e comunidades tradicionais.

“Desde a margem, escutam-se pessoas da América Latina para produzir territórios de cura e uma educação mais inclusiva e antirracista. A capoeira de Angola é, para os territórios quilombolas, uma força e uma pedagogia de resistência que fundamenta os corpos e os territórios negros desde tempos coloniais. A capoeira é uma fortaleza na permanência nos territórios quilombolas”, finalizou.  

Saiba mais

O evento recebe o apoio do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (Gedmma) da UFMA, dos coletivos Pinga Pinga e Consulta Prévia Quilombola.  

Por: Allan Potter

Revisão: Jáder Cavalcante

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