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Câmpus Imperatriz 40 anos: Uma volta na história em fatos, relatos e fotografias
IMPERATRIZ - Fundada no início da década de 1980, o Câmpus de Imperatriz da Universidade Federal do Maranhão completa 40 anos. A cidade foi incluída no programa de interiorização da UFMA e teve o seu projeto de criação aprovado no dia 27 de junho de 1978. O processo de implantação da Universidade em solo imperatrizense foi iniciado com a visita de uma comissão formada pela própria Universidade, com o objetivo de analisar as necessidades profissionais do município. Os cursos de Direito e Pedagogia foram os primeiros a serem ofertados, tendo suas respectivas aulas inaugurais no dia 13 de fevereiro de 1980.
A rica história do Câmpus de Imperatriz reserva um importante momento em 1993, em que passou a oferecer mais um curso de graduação: o Bacharelado em Ciências Contábeis. Em 2 de dezembro de 2005, o Câmpus foi elevado à condição de Unidade Acadêmica, de acordo com a Resolução nº 83, do Conselho Superior Universitário (Consun). A partir desse período, foi denominado como Centro de Ciências Sociais, Saúde e Tecnologia (CCSST), como segue até a atualidade.
A chegada dos novos cursos
Em seguida, em 2006, a UFMA conquistou mais um feito, a implementação de três novos cursos: Comunicação Social - Jornalismo, Enfermagem e Engenharia de Alimentos, que iniciaram as suas atividades no segundo semestre do mesmo ano. Essa conquista foi resultado do processo de expansão da Universidade por meio do Reuni, programa do Governo Federal que estimulou a reestruturação e expansão das universidades do Brasil.
“Lembro que iniciamos as atividades do curso de Enfermagem de forma provisória, utilizando ainda a estrutura dos cursos já existentes no Câmpus Centro. O antigo bloco de salas de madeira albergava, no turno diurno, os cursos de Enfermagem, Engenharia de Alimentos e Jornalismo, além dos cursos noturnos. Para as aulas práticas, foram adequadas duas salas no bloco central, em que foram adaptadas para funcionarem dois laboratórios, um utilizado para as disciplinas da área básica e outro para o ciclo específico”, relembra a professora do curso de Enfermagem Janaína Miranda Bezerra, que trabalha na UFMA desde 2007.
Janaína explicou que os novos cursos de graduação na cidade trouxeram novo cenário na educação superior e no desenvolvimento econômico, social e cultural de Imperatriz, e que, até aquele momento, não existiam graduações na área da saúde nas universidades públicas do município.
“Em 2006, quando cheguei a Imperatriz, havia apenas o Câmpus Centro, e o prédio onde funcionam os laboratórios de Jornalismo ainda nem tinha sua construção completada. Tínhamos apenas um único laboratório para o curso de Engenharia de Alimentos”, recordou o professor do curso de Engenharia de Alimentos e ex-subprefeito do Câmpus, Alan Bezerra.
O ex-coordenador do curso de Jornalismo, que atuou durante nove anos no cargo, Carlos Alberto Claudino, destacou que fazer parte da trajetória dos estudantes é bastante gratificante: “Foi bacana ter participado desse processo, dei aula em todas as turmas que o curso teve até hoje, desde a primeira, na disciplina de Teoria Política. É uma sensação muito boa você poder acompanhar essa galera, orientar projetos, você tem uma proximidade e se sente responsável”.
Já em 2010, a UFMA-Imperatriz passou a oferecer mais dois cursos: Licenciatura em Ciências Humanas - Sociologia (LCH) e Licenciatura em Ciências Naturais - Biologia (LCN). A estudante da primeira turma de LCH Débora Farias comentou que, quando entrou na Universidade pela primeira vez, a sala de aula era de madeira. Ela também elegeu o momento mais marcante da sua trajetória acadêmica: quando apresentou o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Quatro anos depois, em 2014, o curso de Medicina chegou à cidade pela Universidade Federal do Maranhão. O acadêmico do 11º período de Medicina Fernando Fonseca contou a sua trajetória na Universidade: “Nunca tive tempo para me deixar abater. Vendia trufas na faculdade para complementar minha renda e tinha ajuda dos meus pais, mais a bolsa-permanência MEC do Governo Federal. Somando as forças dos meus pais e dos programas estudantis, eu cheguei até aqui”.
A chegada do novo Câmpus Avançado Bom Jesus
Em 2005, foi feito um projeto para a criação do Câmpus Avançado, hoje conhecido como Câmpus Bom Jesus, localizado no bairro de mesmo nome. A criação das instalações teve por objetivo inicial abrigar os cursos de Engenharia de Alimentos e de Enfermagem, pois necessitavam de muitas salas laboratoriais que não havia no Câmpus Centro, devido às suas limitações de espaço.
O novo câmpus foi inaugurado em 2013, com a ideia de receber posteriormente mais novos cursos, como ocorreu com a implementação do curso de Medicina, em 2014. Atualmente, o câmpus suporta os cursos de Medicina, Licenciatura em Ciências Naturais, Enfermagem e Engenharia de Alimentos.
Programas de Pós-Graduação
No total, a UFMA de Imperatriz oferece cinco mestrados e um doutorado. O primeiro mestrado da cidade foi oferecido pela UFMA e foi aprovado em 2013, pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais, que funciona no Câmpus Bom Jesus e conta com laboratórios próprios. Em 2016, o curso de Comunicação - Jornalismo abriu uma turma de Especialização em Assessoria de Comunicação.
Em 2018, foram aprovados mais quatro novos mestrados e um doutorado no câmpus: Mestrado em Sociologia, Mestrado em Comunicação, Mestrado Profissional em Pedagogia, Mestrado em Saúde e Tecnologia e Doutorado em Ciência dos Materiais. O primeiro coordenador do mestrado em Sociologia, Jesus Marmanillo, enfatiza que Imperatriz é a segunda maior cidade do Maranhão não só em termo de economia, mas também em pós-graduações.
“A principal contribuição da pós-graduação para a região seria de continuidade dos estudos, de formação profissional mais especializada, formação mais atrelada à pesquisa. Então eu acho que a atividade de pesquisa acaba sendo um principal legado dessas pós-graduações para a cidade”, mencionou.
Esperança de um futuro melhor
No início do período letivo de 2020.1, a pandemia do novo coronavírus chegou ao Estado do Maranhão, e, para combater a disseminação do novo vírus, a UFMA resolveu suspender as atividades acadêmicas visando à saúde e ao bem-estar dos seus alunos e colaboradores.
Para as atividades não ficarem paradas, a Universidade optou pela forma de ensino remoto, como detalhou sobre o cenário local o diretor do Câmpus de Imperatriz, Daniel Duarte.
“Durante a pandemia, os trabalhos administrativos foram realizados de forma remota, com o intuito de diminuir aglomerações dentro do câmpus e permitir que os servidores se resguardassem. A Pró-Reitoria de Assistência Estudantil foi essencial para que os alunos pudessem realizar as atividades de ensino de forma remota, pois foi por meio dos editais da Proaes que os discentes puderam ter acesso a tablets e pacotes de dados para acessarem as aulas e as atividades postadas no SIGAA, sistema acadêmico da UFMA.”
Outro serviço prestado, conforme prossegue, foi o agendamento dos acompanhamentos psicopedagógicos de forma remota, serviço essencial para que os discentes se sentissem acolhidos pela Universidade.
A cada dia, a Universidade Federal do Maranhão em Imperatriz otimiza a sua administração, criando rotinas e protocolos administrativos, ampliando o acolhimento dos discentes por meio da Assistência Estudantil e da equipe Psicopedagógica do câmpus. Além disso, continua apoiando e incentivando as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas no CCSST, a formação acadêmica e profissional, e as atividades que frequentemente trazem melhorias para toda a região.
Revisão: Jáder Cavalcante
Lugar: Câmpus Imperatriz
Texto: Jean Camapum
Última alteração em: 23/12/2020 19:52