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“A imortalidade renasce assim”: Palmas Universitárias homenageia construtores da história da UFMA, no Palácio Cristo Rei

publicado: 13/11/2023 13h42, última modificação: 13/11/2023 17h26
“A imortalidade renasce assim”: Palmas Universitárias homenageia construtores da história da UFMA, no Palácio Cristo Rei

“Hoje, lembrei cenas da minha adolescência, no Centro Histórico. A alegria de ser aprovado no vestibular da UFMA era o meu primeiro projeto de vida”. Assim como o sonho de Fernando Oliveira, que cresceu e criou raízes dentro da Universidade, muitos outros da mesma forma o fizeram, dedicando anos e até mesmo vidas na construção da Universidade Federal do Maranhão, essa estrela de primeira grandeza.

Para homenageá-los, na noite de quinta-feira, 9 de novembro, diversas personalidades receberam a honraria “Palmas Universitárias”, aos construtores da história da UFMA. A celebração, realizada no Palácio Cristo Rei, reconheceu publicamente todo o apreço e carinho que a instituição tem por aqueles que trabalharam exaustivamente para pavimentarem o caminho que trilhamos hoje e que trilharemos amanhã.

Oliveira, orador oficial da cerimônia, tem a educação como uma herança construída por gerações, um centro de difusão do conhecimento, como é a Universidade, que envolve docentes, técnicos, colaboradores, servidores públicos, e muitos outros que dedicam seus esforços para escreverem as linhas de uma nova história. “É nosso dever darmos o nosso melhor, todo santo dia”, afirmou ele.

Ao longo desses dias, muitos desafios foram superados e muitas carreiras de sucesso começaram, como a do técnico de audiovisual da UFMA, Paulo Washington, que logo completará 30 anos dentro da Federal e relembrou um pouco da sua trajetória até aqui: “Meu primeiro contato com a Universidade Federal do Maranhão foi com o vestibular, que me permitiu ingressar no Curso de Comunicação Social. Lá dentro, fiz amigos, ganhei conhecimentos e ampliei a minha formação profissional, trabalhando na área com a qual eu me afeiçoo até hoje. Após algum tempo, prestei concurso e retornei para trabalhar na Universidade, em um ramo que me permite valorizar o que os professores produzem, o que os técnicos fazem, e visibilizando a dedicação de todos em forma de notícia, por meio da informação, para mostrar o retorno dos investimentos que a sociedade faz no serviço público federal”, contou.

Palmas Universitárias - Construtores da UFMA - 09 - 11

À época, o pró-reitor da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (Ageufma), Fernando Carvalho, também começava a trilhar seu caminho, que resultou em grandes resultados para o estado. “Eu fiz minha graduação na UFMA, no Curso de Química Industrial, e retornei em 1994, quando assumi a função de docente. Dediquei-me tanto ao ensino, como também para o desenvolvimento da pesquisa e extensão. A partir de 2007, iniciei minhas atividades administrativas à frente da antiga Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, durante os dois primeiros mandatos do professor Salgado, e retornei recentemente com sua terceira gestão. Eu presumo que essa homenagem é um resultado do nosso trabalho ao longo desses 30 anos de Universidade Federal do Maranhão, realizando esforços para que hoje tenhamos essa instituição mais empreendedora, mais interiorizada e internacionalizada, o que nos orgulha muito. Quero agradecer principalmente ao professor Natalino Salgado, à minha esposa, Dinorá, à minha filha, Fernanda, e às minhas irmãs”, comentou Fernando.

O evento também contou com relatos comoventes, como é o caso da médica Fernanda Barroqueiro, que, na ocasião, recebeu a homenagem no lugar de sua mãe, Elizabeth de Sousa Barcelos Barroqueiro, in memoriam. Ela contou: “É um sentimento de enorme respeito. Tenho grande admiração pela minha mãe. Ela dedicou toda uma vida à Universidade, por isso acredito que ela seja como um espelho dessa construção, graças ao seu legado de dedicação e amor. Ela me ensinou que a educação é o futuro, acredito que é preciso ensinar ao próximo o seu conhecimento, o que você aprendeu, pois isso vale a pena, é isso que vai formar nossos profissionais do futuro e talvez isso mude o caráter dos nossos trabalhadores que já estão na ativa. Precisamos mudar, para melhor, os nossos profissionais. Assim como os pais mudam e criam as crianças, os profissionais também são criados e mudados pela Universidade”, explicou a médica.

José Américo, pai de Fernanda e viúvo de Elizabeth Barroqueiro, esteve presente e também foi homenageado. “É conveniente ressaltar que o papel de Elizabeth, como mulher, médica e docente foi exemplar em todos os sentidos. Fomos companheiros durante 37 anos e, hoje, eu me sinto profundamente emocionado com a homenagem que é prestada a ela, por dois motivos: Primeiro, pelo reconhecimento da instituição que ela tanto amou; ela amou a UFMA de uma maneira intrínseca, muito forte. Segundo, pelo carinho com que ela tratava todos aqueles que a procuravam, quer como professora, quer como médica endocrinologista. E essa lembrança que eu tenho de Elizabeth é muito positiva, muito saudosa e que realmente me deixa muito feliz”, disse Américo.

O reitor da UFMA, Natalino Salgado Filho, definiu o evento e os homenageados de forma singular e emocionante: “Os construtores da Universidade são os personagens que fazem o dia a dia da UFMA, com trabalhos que marcaram, deixaram sua digital de competência, de dedicação, esmero, profissionalismo, ética e amor à instituição. Na linha do tempo, as pessoas que hoje estão aqui vão ser homenageadas, algumas in memoriam, ou até aposentados, mas ainda assim não serão esquecidas. O que nós estamos fazendo? Reconstruindo essa história do passado para fortalecer o presente e servir de exemplo para a nossa instituição que ficou gigante, ficou esplendorosa. Uma Universidade que é uma estrela de maior grandeza, tanto na educação do Estado, quanto do país Eu trabalhei muito na instituição, mas eu cuidei das pessoas, eu cuidei do aluno, do professor, do servidor técnico, pois são eles que constroem a Universidade”, comentou.

Sobre a memória de Elizabeth Barroqueiro, o reitor comentou: “A imortalidade renasce assim. Ela permanece do que você fez na sua história... Elizabeth construiu uma história muito bonita de trabalho e dedicação, não só como médica, mas nos cargos que ela exerceu, de coordenação de curso e departamento, diretora de centro, no conselho do Hospital Universitário. Ela combateu o bom combate. Deu parte da vida dela para esse soerguimento e todo esse processo de crescimento da Universidade. É por isso que ela está sendo lembrada. Por isso que ela, com isso, se imortaliza. Pela sua história, pelo seu trabalho, pelo seu passado”, finalizou Salgado.

Por: Júlio César 

Fotos: Gabriel Jansen

Produção: Alan Veras

Revisão: Jáder Cavalcante

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