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‘’Bicho de Sete Cabeças’’ e ‘’Bodas’’ estreiam hoje na Mostra Especial Othon Bastos do Guarnicê

por Paulo Vinicius Coelho publicado: 18/10/2020 15h29, última modificação: 08/05/2021 11h01
Othon Bastos e Rodrigo Santoro em ''Bicho de Sete Cabeças''

A Mostra Especial do Guarnicê em homenagem ao ator Othon Bastos ganhará duas novidades: o curta ‘’Bodas’’ de Alexia Maltner e o longa ‘’Bicho de Sete Cabeças’’ de Lais Bodanzky. Os filmes entram na plataforma do festival (guarnice.ufma.br) às 19 horas. O drama de Laís Bodanzky protagonizado por Othon e Rodrigo Santoro ficará disponível somente por 24 horas. ‘’Bodas’’ estará em exibição até o fim do Guarnicê, dia 21 de outubro.

‘’Bicho de Sete Cabeças’’ foi lançado em 2000, inspirado no livro ‘’Canto dos Malditos’’ de Austregésilo Carrano Bueno. Além de Othon Bastos e Rodrigo Santoro, o filme conta com grandes nomes do cinema brasileiro no elenco, a exemplo de Cássia Kiss, Linneu Dias e Jairo Mattos. A obra foi a mais premiada do 33° Festival de Brasília, em 2000, e também recebeu o prêmio de melhor filme do 10º Festival de Cinema e Cultura Latino Americana de Biarritz, em 2001.

O curta-metragem ‘’Bodas’’, lançado em 2016, é protagonizado por Othon Bastos e Suzana Faini. Os dois interpretam um casal octogenário discutindo os rumos do relacionamento na data de comemoração das bodas de ouro (50 anos de casamento). O filme foi indicado para o Festival de Cannes em 2016.

A Mostra Othon Bastos inclui ainda o clássico ‘’Deus e o Diabo na Terra do Sol’’ (1964), de Glauber Rocha. A obra ficou em segundo lugar na lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (ABRACCINE), atrás apenas de ‘’Limite’’, de Mário Peixoto.  ''Deus e o Diabo'', assim como ''Bodas'', fica disponível ao público até o fim do 43° Guarnicê.

Sobre Othon Bastos

O ator baiano nascido em Tucano, em 1932, iniciou sua carreira com as obras ‘’Terra Queimada’’, de Aristóteles Soares (1951); ‘’Lampião’’’, de Rachel de Queiroz e ''A Noiva do Véu Negro’’, de Leone Vasconcellos, ambos de 1954. Além de ‘’Phaedra’’, de Jean Racine (1955)

Em 1970 Othon criou juntamente com sua esposa, Martha Overbeck, a Othon Bastos Produções Artísticas, grupo que ao longo dos anos se empenha em aguerrida defesa da liberdade de expressão. Foi premiado como melhor ator pelo Molière e Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT), por ‘’Um Grito Parado no Ar’’, encenação de Fernando Peixoto.

No cinema, Othon atuou em mais de 70 filmes, entre eles: ‘’Zuzu Angel’’ de Sérgio Rezende, ‘’Central do Brasil’’ de Walter Salles, ‘’O Último Cine drive-in’’ de Iberê Carvalho e ‘’O Paciente, o Caso Tancredo Neves’’ também de Sérgio Rezende. Os dois últimos fizeram parte da Mostra Especial Othon Bastos do Guarnicê 2020.