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Videoconferência como objeto de aprendizagem e pesquisa na UFMA
“Um ótimo meio de facilitar a aprendizagem dos alunos", assim, Eronilde da Conceição, moradora de Porto Franco e graduanda do curso de Licenciatura em Química a distância da UFMA, descreve a videoconferência, uma ferramenta tecnológica que tem sido objeto de estudo por professores do Núcleo de Educação a Distância da UFMA, com trabalhos publicados em eventos nacionais e internacionais.
Esta tecnologia pode ser considerada um dos principais recursos da educação à distância - EaD, pois atenua distâncias geográficas ao permitir que professores e estudantes estabeleçam contato visual e sonoro, em tempo real, estando em cidades distantes. O sistema utiliza a internet para o compartilhamento de arquivos e troca de informações.
Contudo, para que a videoconferência seja utilizada de forma efetiva, o professor merece atenção especial. A Universidade, por meio do seu Núcleo de Educação a Distância - NEaD, vem há mais de quatro anos trabalhando com capacitação e pesquisa, com base na observação e acompanhamento dos professores durante o uso da ferramenta em diferentes cursos.
Parte do resultado dos processos de pesquisa pode ser verificado no artigo As videoconferências na EaD: um estudo a partir da experiência do NEaD/UFMA, de co-autoria do professor Reinaldo Portal Domingo, doutor em Ciências da Educação; e da pedagoga Kellen Regina Coimbra, mestra em Educação. O trabalho foi apresentado em 2010 no VII Congresso Brasileiro de Ensino Superior a distância – ESUD, e em 2011, no Congresso de Pedagogia, em Cuba.
A pesquisa destaca a importância dos três momentos organizativos: o antes, durante e depois da videoconferência. O momento que antecede é usado para planejamento e organização dos objetos de aprendizagem que serão compartilhados durante a videoconferência, que deve ser realizada em no máximo trinta minutos, caso contrário, a atenção do aluno tende a dispersar. Durante a videoconferência, os professores são orientados também a utilizarem metodologias que favoreçam a interatividade entre os participantes.
“Não faz sentido que um professor utilize essa ferramenta poderosa e não interaja com seus alunos. Se não vai interagir em tempo real, é melhor utilizar outro recurso didático, como a vídeo aula, que tem um caráter exclusivamente unidirecional e não bidirecional como é o caso da videoconferência”, acentua Reinaldo Portal, baseado em sua experiência como Coordenador Pedagógico do NEaD.
A discente Eronilde da Conceição relata como o curso de Química a distância, no polo de Porto Franco, utiliza a ferramenta para estimular a participação de todos. “Os professores explicam o conteúdo da disciplina e fazem perguntas para que o aluno reflita sobre o que está sendo ensinado. Assim a gente aprende melhor e tira todas as dúvidas”, explica.
Com a continuidade do processo de observação do recurso, a pesquisa ganha novos contornos e novas publicações. Em setembro de 2012, os pesquisadores apresentaram, no Congresso Internacional de Educação a Distância da ABED, novo artigo com foco nas Dificuldades e Possibilidades Didáticas. “A principal dificuldade para os professores até hoje advêm de problemas técnicos de conectividade, pois em muitos municípios o nível de internet é baixo.”, relata Reinaldo Portal.
Já um fator positivo é o grande potencial da videoconferência em oferecer possibilidades de recursos visuais e audiovisuais compatíveis, motivando os professores a tornarem suas aulas mais dinâmicas e lúdicas. A pesquisa destaca, no entanto, que para isso ocorrer é imprescindível que o professor conheça os equipamentos e recursos, para que não se limite à exposição de slides. Outro cuidado que deve ter é no momento posterior à transmissão, para que retome o conteúdo em forúns e chats do Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA.
Dentre as várias tecnologias usadas na área da Educação, a videoconferência ganha destaque ao colocar em questão novos paradigmas para a relação de ensino e aprendizagem. Por este motivo, a UFMA vem investindo fortemente em inovação tecnológica e profissionais especializados, a fim de garantir o funcionamento satisfatório da ferramenta, que, aliás, tem sido bem avaliada pelos alunos. “A videoconferência é muito importante porque enriquece mais o meu conhecimento, me dá vontade de aprender mais, ler mais e aprofundar meus estudos”, enfatiza a futura licenciada Eronilde da Conceição.
Última alteração em: 17/12/2012 13:23