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Transtorno do Espectro Autista: entenda os sinais

publicado: 05/09/2022 18h10, última modificação: 06/09/2022 17h47
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O Transtorno de Espectro Autista (TEA) refere-se a uma série de condições associadas a dificuldades de interação social que são caracterizadas por perturbações do desenvolvimento neurológico. O Ministério da Saúde alerta que os sinais do neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, com o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência do distúrbio é maior no sexo masculino.

Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA), recebe o nome de espectro (spectrum) porque envolve situações e apresentações muito diferentes umas das outras, em uma graduação que vai da mais leve à mais grave. São elas: dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.

A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA, o encaminhamento para intervenções comportamentais e o apoio educacional na idade mais precoce possível podem levar a melhores resultados a longo prazo. “A etiologia do Transtorno do Espectro Autista ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais”, destacou o Ministério da Saúde.

Tipos de Autismo – De acordo com o quadro clínico, o TEA pode ser classificado em:

  • Autismo clássico

O grau de comprometimento pode variar muito. De maneira geral, os indivíduos são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente e conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação. Embora possam entender enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e aprendem apenas o sentido literal das palavras. Não compreendem metáforas nem o duplo sentido. Nas formas mais graves, demonstram ausência completa de qualquer contato interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam funcionamento intelectual inferior à média.

  • Autismo de alto desempenho (também chamado de síndrome de Asperger)

Esses indivíduos apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes, que chegam a ser confundidos com gênios porque são imbatíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem levar vida próxima à normal. 

  • Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE)

Os indivíduos são considerados dentro do espectro do autismo (dificuldade de comunicação e de interação social), mas os sintomas não são suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas do transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil.

Amplie o conhecimento na capacitação gratuita

Conhecer a história e epidemiologia do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), bem como o acompanhamento e atendimento da pessoa com TEA no SUS, com enfoque na habilitação e reabilitação dessa população para a sua efetiva inclusão, são temas abordados no curso “Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo” da UNA-SUS/UFMA.

Com carga horária de 30 horas, o curso tem como público-alvo profissionais que atuam no SUS, envolvidos na assistência e reabilitação de pessoas com deficiência, além de profissionais de nível técnico, acadêmicos e demais interessados na temática. As inscrições podem ser realizadas até o dia 30 de novembro no ambiente virtual de aprendizagem – o SaiteAva. O curso é livre, gratuito e tem início imediato.

Quando pensamos no cuidado da pessoa com TEA, significa que a atenção à saúde não se reduz à condição diagnóstica, pois considera as particularidades dos indivíduos frente à sua maneira de estar no mundo e se relacionar, a partir das diferenças identificadas no espectro. E para que a atenção seja integral, as ações devem se estender à família, e estarem vinculadas não somente aos diferentes serviços de atenção do SUS, como também às iniciativas de proteção social e educação.

A capacitação é fruto da parceria entre a Diretoria de Tecnologias na Educação (DTED/UFMA), por meio da UNA-SUS/UFMA e Ministério da Saúde. O certificado é gratuito e validado pela UFMA. A emissão é feita no próprio ambiente virtual da oferta.

 

Com informações do Ministério da Saúde.

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