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Quase metade da população no país é idosa e tem algum tipo de deficiência, diz pesquisa

publicado: 10/02/2022 12h00, última modificação: 14/02/2022 20h29
Com curso gratuito, a UNA-SUS/UFMA oferta capacitação para auxiliar profissionais de saúde no atendimento dessa população
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O brasileiro, a cada ano, tem aumentado a sua longevidade. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, a população idosa do Brasil irá mais do que dobrar de tamanho até 2050. Com o envelhecimento natural da população, surge cada vez mais a preocupação de viver uma velhice com qualidade. 

Outro estudo, desta vez realizado em 2019 pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), revelou que dos 17,3 milhões de pessoas com deficiência no país, quase metade (49,4%) era idosa, ou seja, tinham 60 anos ou mais de idade. Considerando a população total por grupos etários, um a cada quatro idosos têm algum tipo de deficiência. 

“Tendo como referência a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, assim como a Lei Brasileira de Inclusão, entendemos que a deficiência é um conceito em evolução e é composta pela interação de três dimensões principais: os impedimentos, as barreiras e as restrições de participação dessas pessoas quando comparamos com o restante da população. E à medida que a população vai envelhecendo, impedimentos vão surgindo, como, por exemplo, menor acuidade visual, auditiva ou motora. Isso explica o alto percentual de idosos com deficiência”, diz a analista da pesquisa Maíra Lenzi.

Com a expectativa de vida subindo para uma média de 76,8 anos, o planejamento da atenção à saúde deve considerar a importância das informações sobre as condições de saúde da população idosa e suas demandas por serviços de saúde, bem como as desigualdades associadas a essas condições. 

No Brasil, a Atenção Primária desempenha papel central na garantia à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade, por ser o contrato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro integrador de toda a Rede de Atenção à Saúde (RAS). Dessa maneira, o planejamento da atenção à saúde deve considerar a importância das informações sobre as condições de saúde da população idosa e suas demandas por serviços de saúde, bem como as desigualdades associadas a essas condições. 

Saúde: UNA-SUS/UFMA oferta capacitação gratuita no atendimento dessa população

Com o intuito de compreender as orientações em saúde relacionadas ao cuidado à pessoa idosa com deficiência, com destaque para os serviços prestados na Rede de Atenção à Saúde, voltados para essa população e o papel da Atenção Primária nesse processo, a Universidade Federal do Maranhão, por meio da UNA-SUS/UFMA, oferta o curso “Atenção à Pessoa Idosa com Deficiência”. O curso é gratuito, 100% on-line e está com inscrições abertas até 3 de março.

A capacitação é fruto da parceria entre a Diretoria de Tecnologias na Educação (DTED/UFMA) e o Ministério da Saúde, por intermédio da Coordenação-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência, do Departamento de Atenção Especializada e Temática e da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. 

“Além de considerar os estudos que afirmam o crescimento da população idosa no país, buscamos auxiliar o profissional de saúde para atender às demandas desse segmento da população. Ser idoso e ter uma deficiência constituem situações de vulnerabilidade, por isso, a nossa expectativa é que o curso possa contribuir para assegurar e garantir a saúde dos idosos com deficiência com mais qualidade na Rede de Atenção à Saúde”, declarou a coordenadora geral da UNA-SUS/UFMA e diretora da DTED/UFMA, Ana Emilia Figueiredo de Oliveira.

Com informações da Agência de Notícias do IBGE.

 

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