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O dilema da Educação Inclusiva

publicado: 16/09/2010 00h00, última modificação: 02/12/2021 09h51
Os dilemas da educação de crianças e de adultos portadores de deficiência têm sido umas das principais discussões nos debates sobre inclusão. A busca da melhor educação, sem comprometer o nível de aprendizado, é tema que passa diariamente pela cabeça de pais e de educadores.

A mídia tem ajudado a contribuir para a exteriorização de tal problemática. Duas novelas de enorme repercussão apontaram problemas destas pessoas. A mais recente trata de uma jovem que tem que superar desafios para conseguir dar continuidade à carreira. Outra mais antiga abordava a dificuldade de uma mãe conseguir matricular a filha com síndrome de Down em uma escola regular.

Destaque-se que o debate sobre a aceitação, ou não, de pessoas portadoras de deficiência em escolas vai muito além do que a simples e fundamental reflexão sobre se é o melhor, ou não, para o aluno. É preciso estarmos atentos se as instituições estão preparadas para recebê-lo e como.

Claro que a educação inclusiva deveria fazer parte de toda sociedade que é, ou pretende ser, desenvolvida. Para que isso ocorra com eficácia faz-se necessários investimentos nas escolas, na formação de professores e nas orientações para os alunos.

De acordo com dados do Censo Escolar de Educação Básica de 2008, no Brasil existem cerca de 390 mil alunos com deficiência matriculados nas salas de aula ditas comuns. Mas e a outra parcela das 25 milhões de pessoas com deficiência no Brasil?

Pesquisa realizada em 2003 pela FGV, por meio do Centro de Políticas Sociais (CPS), evidenciou que a taxa de abandono, no que diz respeito ao ensino, é muito mais alta entre as pessoas com algum tipo de limitação física ou sensorial, além de comprovar que o tempo que os estudantes com restrições permanecem na escola é muito mais curto.
Queremos, cada vez mais, facilitar a entrada dos portadores de deficiências na educação e no mercado de trabalho.

O Ensino a Distância pode garantir cidadania e dignidade mesmo àqueles que, por força maior, não conseguem sair de casa. É por meio da educação que se exerce cidadania. A EAD facilita esse caminho. Respeitar as diferenças, mas proporcionar igualdade de oportunidades sem discriminação ou preconceitos, tem sido o papel fundamental de programas que utilizam esta metodologia especificamente para este fim.

E é nesta lógica que vamos avançar para a educação inclusiva de fato, que será inserida na busca permanente da garantia de aprendizagem e de desenvolvimento dessas pessoas.

Carlos Alberto Chiarelli é ex-Ministro da Educação, Doutor em Direito e Presidente da ACED (Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância)


Lugar: Ascom NEaD/UFMA (Tissiana Carvalhêdo)
Texto: http://ead.folhadirigida.com.br
Última alteração em: 16/09/2010 00:00

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