Notícias
Mês nacional de combate à cefaleia: UNA-SUS/UFMA destaca curso que auxilia profissionais no atendimento a essa demanda
Maio é considerado o mês nacional de conscientização e combate à cefaleia, popularmente conhecida como dor de cabeça. A queixa de dor de cabeça é muito comum no cotidiano das unidades de saúde, tanto em serviços de urgência ou emergência hospitalares quanto nas unidades que integram a Atenção Básica. Para ajudar os profissionais de saúde a lidar com pacientes que sofrem com dores frequentes, a UNA-SUS/UFMA disponibiliza o curso "Cuidados em situações frequentes de dor", disponível no ambiente virtual saiteava.org.
O curso aborda os principais mecanismos fisiopatológicos da dor e suas vias de neuromodulação. Além disso, oferece orientações sobre como manejar casos de pessoas com as principais síndromes dolorosas na Atenção Primária à Saúde (APS), com acesso aos recursos para avaliação de risco e vulnerabilidades relacionadas às demandas espontâneas.
Embora as cefaleias representam 9% do total de consultas por problemas agudos na Atenção Básica, apenas 16% dos usuários com cefaleia tensional e 56% daqueles com enxaqueca ou migrânea procuram atendimento médico. A ocorrência de cefaleias é um problema com características potencialmente limitantes, uma vez que influenciam negativamente no bem-estar, na qualidade de vida dos sujeitos e trazem consigo prejuízos econômicos e sociais.
Com a crescente demanda de pacientes com dor crônica nas unidades de saúde, é fundamental que os profissionais da área estejam capacitados para lidar com essa situação de maneira eficiente. O curso também aborda a organização do processo de trabalho das equipes de Atenção Primária, permitindo uma abordagem mais integrada e efetiva para o tratamento da dor.
A UNA-SUS/UFMA oferece a capacitação de forma gratuita, online e autoinstrucional, permitindo que mais profissionais possam se aprimorar e prestar um atendimento de qualidade aos pacientes. O público-alvo da capacitação são profissionais de saúde e gestores que atuam na APS, além de técnicos, acadêmicos e demais interessados nas temáticas abordadas no curso
A enxaqueca é um dos tipos de cefaleia e pode ser episódica ou contínua, envolvendo ou não estruturas orgânicas na etiologia da dor. A localização da dor normalmente é de um lado da cabeça, às vezes, dos dois. Os fatores mais frequentes que podem iniciar uma crise incluem alimentos e bebidas, como queijos amarelos envelhecidos, frutas cítricas, linguiças, salsichas, alimentos de coloração avermelhada em conserva, frituras, gorduras, chocolates, café, chá, refrigerantes a base de cola, aspartame e glutamato monossódico, vinhos, cervejas e chope. Hábitos alimentares e sono, variações bruscas de temperatura e umidade do ar, fatores emocionais e estresse e menstruação e fatores hormonais também podem desencadear crises.
A dor de cabeça gera sofrimento físico, além de prejuízos sociais, laborais, emocionais e econômicos. A cefaleia, por ser uma queixa muito frequente entre estudantes, também está relacionada a dificuldades de aprendizado, com fracasso educacional, absenteísmo escolar, em média de 2,8 dias/ano, maior vulnerabilidade a comorbidades e prejuízo na qualidade de vida.
É importante que as equipes da Atenção Básica estejam suficientemente sensibilizadas para adotar condutas adequadas, eficientes e acessíveis, sem a tendencialidade para os extremos, que vão desde a banalização da queixa ao uso inadvertido de tecnologias mais pesadas, pouco resolutivas e onerosas para o sistema de saúde.
O tratamento adequado da cefaleia deve ser feito por um médico, que pode indicar a melhor medicação para cada paciente. As crises podem ser reduzidas evitando-se os fatores desencadeantes. Em caso de dor intensa, é recomendável procurar um local fresco e escuro para descansar, mas não deitar, colocar gelo sobre as áreas doloridas, tomar o medicamento recomendado pelo médico, beber muita água, comer moderadamente e descansar.
No mês de conscientização e combate à cefaleia, a informação é a melhor aliada de profissionais e pacientes que sofrem com essa patologia.
Fonte: Ministério da saúde, Livro Eventos Agudos na Atenção básica- Cefalia e recursos educacionais disponíveis no curso.