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Enxaqueca: curso da UNA-SUS/UFMA apresenta 6 práticas integrativas para ajudar no controle da dor

publicado: 13/12/2022 15h53, última modificação: 13/12/2022 15h53
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A enxaqueca é uma causa importante de dor de cabeça e de duas a três vezes mais comum em mulheres, de acordo com dados do curso da UNA-SUS/UFMA Cuidado em situações frequentes de dor. Sendo uma das causas que mais levam as pessoas a buscarem atendimento médico,  a cefaleia é uma das principais queixas álgicas que ocorrem na Atenção Primária à Saúde.

“Sua causa ainda não é totalmente esclarecida, mas a hipótese mais aceita atualmente defende que o cérebro das pessoas que sofrem dessa doença é hiperexcitável a certos estímulos que provocam uma inflamação neuronal”, relata o professor-autor do curso, Caio Visalli Cunha, em material pedagógico.

Segundo ele, por se tratar de um quadro recorrente, é preciso que os profissionais estejam atentos e trabalhem na perspectiva da educação em saúde, prevenção de recorrência e até da autogestão dos medicamentos prescritos. “O trabalho em conjunto da equipe de saúde e da pessoa que sofre com enxaqueca pode ajudar na identificação dos gatilhos e na adaptação de rotina para evitar tais estímulos”, ressalta Cunha.

O material didático do curso Cuidado em situações frequentes de dor apresenta 6 práticas integrativas e complementares que podem ajudar no cuidado da pessoa com enxaqueca. São elas:

Acupuntura: Técnica da Medicina Tradicional Chinesa que envolve a inserção de agulhas finas em pontos específicos do corpo (acupontos). Estudos bioquímicos evidenciaram que a acupuntura aumenta a atividade opioide interna, elevando a serotonina, a dopamina, as neurotrofinas e o óxido nítrico.

Auriculoterapia: Também uma técnica da Medicina Tradicional Chinesa, a auriculoterapia utiliza a orelha como um microssistema biológico que reproduz estruturas corporais diversas localmente. Aplicam-se agulhas ou, mais comumente, sementes para fazer pressão sobre pontos específicos.

Massoterapia: Técnica de terapia manual realizada por massoterapeutas, fisioterapeutas, quiropratas ou osteopatas. Estudos demonstraram uma melhora média de 27% a 28% na frequência de cefaleia, após manipulação espinhal a um curto prazo após as sessões.

Yoga e Tai Chi: O Yoga é uma filosofia da cultura indiana, enquanto o Tai Chi provém da cultura chinesa. Ambas são técnicas milenares. Estudos clínicos sugerem redução em frequência de dor, intensidade das crises e duração.

Suplementação, fitoterapia e alterações dietéticas: Diversas substâncias têm sido utilizadas ao longo dos anos para alívio de cefaleia como riboflavina, coenzima Q10, magnésio e ômega 3. Estudos utilizando riboflavina, coenzima Q10 e magnésio em comparação com placebo não encontraram melhora na cefaleia, exceto na sua intensidade e no impacto de dor. Entretanto, é preciso ficar atento aos efeitos colaterais que foram percebidos no grupo intervenção.

Biofeedback, meditação e treinamento comportamental: Uma revisão sistemática avaliou 94 estudos com mais de 3.500 pacientes, nos quais foi observada uma redução média em duração, intensidade e frequência de crises de cefaleia. Com relação às práticas meditativas, temos atualmente mais estudos falando dos benefícios do mindfulness.

A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, que pode ser decorrente de lesão tecidual ou lesões potenciais. Sendo uma das demandas espontâneas mais comuns na Atenção Primária à Saúde, é fundamental que os profissionais estejam capacitados para atender adequadamente as pessoas que apresentam esse tipo de queixa, entendendo a fisiologia e o manejo da dor, além de utilizar tecnologias que possam auxiliar e otimizar a abordagem clínica para esses agravos.  

Com o objetivo de contribuir na qualidade da assistência e no fluxo de trabalho das equipes de saúde, a UNA-SUS/UFMA oferta o curso Cuidado em situações frequentes de dor. As matrículas são gratuitas, podem ser realizadas no site unasus.ufma.br e ficam disponíveis até 27 de abril de 2023. A capacitação tem início imediato. 

A capacitação enfoca os protocolos de cuidados, os critérios para encaminhamentos a outros níveis de atenção e os processos de identificação dos diferentes tipos de dor, assim como auxilia as equipes de saúde a realizarem o atendimento adequado diante de toda a complexidade relacionada a essas ocorrências. 

Com carga horária de 30 horas, ofertado na modalidade a distância e sem a mediação de tutores, o curso aborda temas como: avaliação de risco e vulnerabilidades; identificação da relação com o trabalho e medidas de promoção e prevenção das situações frequentes de dor; conceitos, diagnóstico e tratamento das crises agudas de cefaleia, dor abdominal, otites, faringites, dor lombar e dor torácica.

O certificado é gratuito e emitido pela Universidade Federal do Maranhão - Instituição integrante da Rede UNA-SUS.

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