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Bielschowsky fala sobre a continuidade das políticas para EAD

publicado: 10/09/2010 00h00, última modificação: 02/12/2021 09h51

d9d6c83c362019f1310a47bfcb50bfc9.jpgAo participar, no dia 1º de setembro, da sessão Diálogo com a Seed, no 16º Congresso Internacional de Educação a Distância, o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Bielschowsky, fez um balanço de sua gestão, demonstrando segurança ao apostar na continuidade das políticas públicas adotadas com a modalidade a distância, por se tratarem de políticas de Estado e não de governo.

Questionado sobre os rumos da Educação a Distância após a mudança de governo, o secretário afirmou não temer alterações nos princípios ou rumos da política nacional para a EAD. “Isso é uma questão de planejamento do país, que supera, em muito, quem está no governo, no Ministério ou à frente da Secretaria. As metas a serem perseguidas estão listadas na Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes), e não devem variar em função de pessoas ou equipes”, afirmou o professor, praticamente descartando o risco de descontinuidade na gestão pública do setor.

Bielschowsky aposta alto no prosseguimento das ações dos últimos quatro anos – tempo em que esteve à frente da Secretaria de Educação a Distância - Seed. E, para isso, acredita, conta com um forte aliado. “Todas essas políticas foram adotadas em parceria, ou, pelo menos, levando sempre em conta sugestões e opiniões de toda a comunidade envolvida com a educação a distância. São frutos de diálogo aberto, exatamente como fazemos agora, reunidos aqui nesta tarde. Por isso, por vigilância e pressão dessa própria comunidade, bem representada neste congresso, creio que não serão aceitas propostas que possam desativar o sistema de regulação e supervisão do setor, colocando em risco a qualidade da EAD”.

Sobre a questão da regulamentação dos cursos de mestrado e doutorado a distância, Bielschowsky demonstrou cautela. “Posso dizer que vamos avançar neste tema, mas tendo muito cuidado. Permitimos algumas experimentações nas especializações, que são menos aprofundadas. Mas, no stricto sensu, vamos elaborar critérios mais detalhados e rígidos”, anunciou ele, que teme ver, no campo da pós, os mesmos problemas verificados anteriormente na graduação.

É preciso reafirmar, aqui e sempre, que a educação a distância exige, como princípio básico, a presença constante e ativa do professor. É absurdo e revoltante o que já assistimos em algumas instituições, que achavam que a EAD podia dispensar a docência. O professor deve acompanhar, treinar e orientar os tutores, elaborar atividades, entrar na plataforma, acompanhar o serviço de tutoria, pensar a avaliação e participar da correção, oferecer material complementar para os alunos, reunir-se com seus tutores… Enfim, ser professor”.


Última alteração em: 09/09/2010 11:23

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