Notícias
UFMA 360°: Instituição realiza primeiro censo institucional e lança PDI 2027-2031
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) iniciou um novo ciclo de planejamento institucional com o lançamento do Programa UFMA 360° e o início da elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2027-2031, marcando uma mudança significativa na forma como a instituição observa a si mesma, planeja seu futuro e envolve sua comunidade universitária nos processos decisórios.
Instituído pela Portaria n° 2447/2025/FUMA/OEC/REITORIA/GR, o processo do novo PDI será conduzido pela Comissão Executiva composta pela governança da UFMA, pró-reitores da Pró-Reitoria de Ensino (PROEN), Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PROAES), Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, Pró-Reitoria de Planejamento, Gestão e Transparência (PPGT), Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (AGEUFMA) e a Superintendência de Qualidade dos Cursos de Graduação (SQGRAD), contando ainda com equipes de apoio e suporte técnico da PGGT. O PDI é o principal instrumento de planejamento estratégico das instituições federais de ensino, previsto no Decreto n° 9.235/2017, que define diretrizes e conteúdos mínimos que as universidades devem cumprir ao projetar suas metas para os próximos cinco anos.
Nesta edição, o PDI traz como inovação a integração das consultas aos questionários da Comissão Própria de Avaliação (CPA), ampliando a participação da comunidade acadêmica e unificando instrumentos que antes eram aplicados separadamente.
CPA e PDI: integração histórica
O presidente da CPA, Saulo Pinto Silva, explica que a Comissão tem papel central na avaliação interna da UFMA, sendo responsável por executar políticas de autoavaliação determinadas pelo Sistema Nacional da Avaliação da Educação Superior (SINAES). Segundo o presidente, integrar CPA e PDI em um único processo representa um salto de qualidade na produção de dados estratégicos.
“A CPA é uma Comissão Própria de Avaliação interna das universidades, todas universidade têm uma CPA. Ela é instituída por lei e no nosso caso ela trata das políticas de avaliação do ensino superior da UFMA. Pela primeira vez, nós estamos integrando todos os instrumentos, que antes eram separados”, destaca Saulo.
A partir de 2025, a UFMA passa a aplicar um único instrumento com três partes sequenciais: a primeira dedicada ao PDI, a segunda ao Censo Institucional e terceira à autoavaliação anual. A aplicação ocorrerá entre 10 de dezembro e 10 de janeiro de 2026, alcançando estudantes, técnicos-administrativos e docentes.
Para mais informações, acesse aqui.
Primeiro Censo da história da UFMA
Entre as novidades está a realização do primeiro censo institucional da UFMA, proposto pela CPA e acolhido pela Reitoria. Saulo explica que, até hoje, a universidade possui muitos dados importantes, porém distribuídos em diferentes sistemas e setores. O censo permitirá a criação de uma base unificada, consolidada e histórica.
“Nós vamos integrar três políticas no mesmo instrumento. A segunda fase do questionário, vai ser propriamente o censo. O objetivo é instituir, pela primeira vez na história da Universidade, uma base de dados unificada dos três segmentos da Universidade, tanto de indicadores socioeconômicas, como de saúde e bem-estar e condições de trabalho”, explica Saulo.
O censo incluirá aspectos essenciais como relação com chefias, condições de saúde, apoio institucional, infraestrutura, entre outros. Para o presidente da CPA, trata-se de uma “ressonância” da UFMA, capaz de revelar sua realidade de forma precisa. “Pela primeira vez, a gente vai conseguir integrar o futuro ao presente e ao passado. Vamos poder customizar relatórios, por exemplo, só relacionados ao ensino, ou sobre condições de trabalho, ou sobre políticas de bem-estar”, esclarece.
O censo terá periodicidade quadrienal e sempre será aplicado antes da construção de um novo PDI, servindo de base para o diagnóstico da instituição. Já a autoavaliação permanecerá anual.
PDI 2027-2031: construção participativa
O PDI serve como referência para todas as estratégias de planejamento, desenvolvimento, avaliação e gestão universitária. Sua elaboração fundamenta-se em indicadores, pesquisas aplicadas e projetos de múltiplos eixos temáticos, cumprindo os requisitos do MEC e reforçando as ações da comunidade acadêmica.
A coordenadora de Organização Institucional e Transparência da PPGT, Susan Sousa Chagas, reforça que o PDI é construído de forma participativa e estruturado em três fases: preparação, diagnóstico e planejamento. “O PDI é o Plano de Desenvolvimento Institucional, que tem vigência de 5 anos. É um processo participativo onde tem diversos fatores, desde do Comitê de Governança, Integridade e Transparência (CEGIT), comissões executivas, comissões setoriais, e toda a comunidade acadêmica. O ideal é quanto mais gente participar, melhor”, afirma Susan.
A coordenadora enfatiza que o PDI articula missão, valores e a visão da UFMA, ao mesmo tempo em que organiza cronogramas, metas, indicadores e projetos que nortearão a gestão universitária de 2027 a 2031. A integração com a CPA facilita a coleta de informações fiéis às percepções da comunidade, fortalecendo a tomada de decisão.
UFMA 360°
O Programa UFMA 360° surge como guarda-chuva institucional das ações de pesquisa social, avalição, diagnóstico e planejamento estratégico. Saulo explica que programa reúne os questionários de autoavaliação, o censo e as pesquisas institucionais de interesse da UFMA, permitindo que diferentes públicos, da graduação ao Colégio Universitário, sejam ouvidos com mais precisão.
“Essas várias formas de pesquisa, a CPA pode assumir. Desde fazer pesquisa de satisfação sobre o restaurante universitário, ou a relação que a universidade tem com o hospital universitário, enfim. Podemos fazer muitas formas de pesquisa social”, elucida.
A proposta é construir instrumentos específicos sempre que necessário, como pesquisas voltadas para o Colégio Universitário, para políticas acadêmicas, bem-estar, infraestrutura e serviços ofertados.
A participação da comunidade é decisiva para determinar o rumo da universidade. “Essa manifestação da comunidade reflete necessidades muito sensíveis que não aparecem em processos políticos gerais. A comunidade vai ajudar a construir o diagnóstico da UFMA e também vai liderar o futuro da instituição”, declara Saulo.
Com os novos instrumentos, a UFMA terá indicadores objetivos para subsidiar ações de gestão, planejamento melhoria da infraestrutura, políticas de ensino, extensão, pesquisa e qualidade de vida universitária.
Por: Geovanna Selma
Produção: Sarah Dantas