Pesquisadora estuda abordagem de gênero na produção jornalística brasileira

Medidas que visem a inclusão das diferenças são essenciais para proporcionar um maior enriquecimento cultural e diminuir situações de desigualdade envolvendo pessoas de diferentes gêneros, raças ou orientações sexuais.

No universo jornalístico, essa atitude pode impactar diretamente no fluxo e no tom das notícias entregues para a maioria das pessoas.

É nessa perspectiva que a mestra em Comunicação pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Nayara Nascimento, desenvolve a dissertação “Entraves para a produção jornalística com perspectiva de gênero a partir da feminização do jornalismo no Brasil”.

A ideia é analisar os fatores que dificultam a abordagem mais ampla de temáticas relacionadas a gênero dentro das redações jornalísticas, levando em conta fatores, como o perfil, a formação e o trabalho das profissionais que atuam na área.

Nayara Nascimento é doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará UFC (Acervo Pessoal)

“A falta de diversidade no Jornalismo acarreta em várias consequências. Por exemplo, um ambiente com muitos homens em cargos de chefia pode criar uma cultura organizacional que prioriza uma visão masculina da sociedade e desvaloriza a perspectiva das mulheres. Mas é importante lembrar que muitas mulheres também podem assumir essa conduta por estarem imersas na sociedade machista e acabam reproduzindo esses estereótipos”, alertou, Nayara.

A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMA, sob orientação da Profa. Dra. Camila Tavares, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).

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