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RÁDIO CIÊNCIA

Pesquisa aborda impacto do estigma da Hanseníase na adesão ao tratamento

publicado: 19/05/2025 12h31, última modificação: 22/05/2025 12h57
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A Hanseníase é considerada a doença mais antiga que se tem registro. Também chamada de Lepra, termo que caiu em desuso na medicina, a enfermidade infectocontagiosa atinge
os nervos e a pele, por meio de sintomas como manchas e formigamento nas mãos e pés.


No passado, os portadores da hanseníase sofriam intensamente com a estigmatização por conta da associação com símbolos negativos, como o pecado, a punição divina e a impureza. Anos se passaram, mas alguns estigmas permanecem. 


E disso que trata a pesquisa “O Impacto do Estigma da Hanseníase no Tratamento de Pacientes em Unidades Básicas de Saúde do Município de Imperatriz – MA no ano de 2023”, conduzida pela pesquisadora, graduada em Medicina pelo Centro Universitário do Maranhão (CEUMA), Sarah Santana.

Já a orientação ficou a cargo do Prof. Dr. do curso de Medicina do CEUMA, Marcelo Hübner.

Confira!

 

“O objetivo da pesquisa foi observar como o estigma da hanseníase interfere na adesão ao tratamento desses pacientes. Sabemos que avaliar o impacto de uma doença na qualidade de vida das pessoas é um assunto sério, por trazer muitas dificuldades relacionadas à abordagem dos pacientes por se tratar de uma doença negligenciada e endêmica no nosso estado”, destacou o Prof. Marcelo Hübner.

 

Marcelo Hübner é Dr. em Biotecnologia pela Universidade Federal do Acre (Acervo Pessoal)

Marcelo Hübner é doutor em Biotecnologia pela Universidade Federal do Acre (Acervo Pessoal)

 

Para atingir esse objetivo, dois métodos foram adotados: o quantitativo, a fim de coletar e analisar dados sobre a doença; e o qualitativo, para entender o ponto de vista de cada um dos pacientes.


Como principais resultados, o estudo mostra que 80% dos pacientes que participaram da pesquisa foram devidamente informados sobre a doença e o tratamento pelos profissionais da saúde no momento do diagnóstico. Além disso, constatou que 5% dos pacientes analisados optaram por não aderir ao tratamento, enquanto 10% pensou em abandoná-lo.

Ainda de acordo com o Professor Marcelo Hübner, promover a educação é uma das maiores ferramentas para conscientização sobre a importância do tratamento da hanseníase.

A pesquisa teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).

 

Sarah Santana é graduada em Medicina pelo CEUMA

Sarah Santana é graduada em Medicina pelo CEUMA

 

Produção: Pedro Batista

Áudio: Marcos Belfort 

 

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