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Método sustentável transforma resíduo de peixe em couro ecológico

publicado: 10/09/2025 16h14, última modificação: 11/09/2025 15h30
O material final apresentou coloração marrom-avermelhada, característica do extrato de cajueiro, e textura firme, sem cheiro de peixe

O projeto “Desenvolvimento de Metodologia Artesanal de Curtimento da Pele de Tilápia do Nilo (Oreochromis Niloticus) (Linnaeus, 1758) com a Utilização de Material Sustentável Disponível na Biodiversidade Maranhense” é conduzido pela bacharel em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Do Maranhão (UEMA), Marlyne Garcia Franco.

 

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A proposta é transformar as peles de tilápia do nilo em couro ecológico sem utilizar componentes químicos, como o cromo, material pesado que pode causar impactos ambientais severos.

 

O descarne é uma das etapas iniciais para o curtimento da pele de Tilápia

 

O processo desenvolvido por Marlyne se divide em três fases: começa pela ribeira, onde as peles são lavadas e preparadas. Em seguida, vem o curtimento, no qual as peles ficam 36 horas submersas no extrato de casca de cajueiro. Por fim, durante o acabamento, são aplicados processos de amaciamento e secagem das peles à sombra.

 

Isso torna esse material em matéria-prima excelente para a confecção de bolsas, bijuterias, calçados e outros acessórios.

 

“Substituir materiais sintéticos ou quimicamente intensivos pelo couro de tilápia curtido de maneira sustentável pode trazer uma série de benefícios, como o aproveitamento de resíduos desse peixe e a redução na dependência do couro bovino. Além disso, diminui o uso de derivados do petróleo, que tem uma produção altamente poluente e agressiva para o meio ambiente. Por fim, o curtimento da pele de tilápia é capaz de produzir um couro biodegradável com riscos menores para a natureza”, disse, a médica veterinária, Marlyne Garcia. 

 

A oficina foi uma oportunidade de ensinar os alunos, em sua maioria filhos de pescadores, as diferentes estratégias para reutilização de resíduos pesqueiros

 

Uma das etapas do projeto também envolveu uma oficina na Escola Rural Familiar de São Luís, com alunos do Ensino Médio.

 

Foram passadas informações sobre o curtimento, distribuição de folhetos informativos e exposição de amostras das etapas do curtimento. Além disso, também realizou uma aula de produção de biojóias, utilizando o couro de tilápia.

 

Marlyne Garcia Franco também é co–autora dos livros "Curtimento de peles de peixe - transformações da pele em couro" e "Curtimento de pele de peixes - sistema tegumentar em peixes“, editados pela EDUEMA, em 2023

 

O projeto venceu em segundo lugar a categoria PopVideo do Prêmio Fapema 2024

[Pedro Batista]

Ouça!

 

 

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