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RÁDIO CIÊNCIA
Fluxo de estoque reduz desperdício de medicamentos em hospitais do Maranhão
O desperdício de medicamentos é um problema recorrente em hospitais e representa perdas econômicas, impactos ambientais e risco de desabastecimento. No Sistema Único de Saúde (SUS), onde cada insumo é essencial, esse desperdício compromete a continuidade do cuidado.
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Para enfrentar essa situação, a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh) implantou um fluxo de gerenciamento de medicamentos próximos ao vencimento, desenvolvido pela farmacêutica Rafaella Franco de Castro, especialista em Farmácia Hospitalar pela Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH).
Rafaella atua na Supervisão de Assistência Farmacêutica da Emserh, setor responsável por coordenar o levantamento e a redistribuição dos medicamentos entre as unidades da rede estadual de saúde do Maranhão.
Segundo ela, “o principal objetivo do fluxo é evitar que esses medicamentos cheguem a vencer. O acompanhamento sistemático dos estoques permite identificar com antecedência os itens com validade próxima e adotar estratégias de reutilização. Quando o vencimento ocorre, o material segue o fluxo de descarte previsto nas normas da Anvisa”.
O modelo reúne, mensalmente, informações enviadas pelos coordenadores de farmácia das unidades hospitalares. Os dados são analisados e compartilhados com os setores responsáveis pela redistribuição, permitindo que medicamentos sem uso em uma unidade sejam encaminhados a outra que tenha demanda imediata.

Rafaella Franco de Castro é farmacêutica graduada pela UNINASSAU, especialista em Farmácia Hospitalar pela Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAF)
Rafaella explica que o desperdício afeta diferentes dimensões da gestão pública:
“Há perda de recursos que poderiam ser aplicados em outras áreas, risco de desabastecimento e também impacto ambiental, devido ao descarte inadequado de medicamentos”, afirma.
O estudo, intitulado “Gerenciamento de medicamentos próximos ao vencimento em unidades hospitalares: um fluxo para otimização de recursos”, recebeu o primeiro lugar no Congresso Saúde para Todos, no eixo “Gestão em Saúde”, promovido pela Escola de Saúde Pública do Maranhão.
O relato da experiência foi publicado na Revista de Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa e aí Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema), edição n° 52, que reúne práticas voltadas à melhoria da gestão pública e da inovação no estado.
(Bruno Goulart)
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