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RÁDIO CIÊNCIA
Ceuma desenvolve hidrogel para proteção de probióticos no sistema digestivo
Uma pesquisa desenvolvida no Curso de Biomedicina da Universidade Ceuma propõe uma alternativa para aumentar a eficiência dos probióticos, microrganismos vivos que fortalecem o sistema imunológico e equilibram a flora intestinal.
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O estudo, conduzido pelo acadêmico de Biomedicina do Ceuma, Mauro Victor Castro Lemos, busca resolver um dos principais desafios no uso desses microrganismos: a baixa sobrevivência deles ao longo do trato digestivo.
“O principal desafio que motivou nossa pesquisa é a baixa sobrevivência dos probióticos durante o trânsito gastrointestinal. Quando eles são ingeridos, muitos microrganismos benéficos acabam morrendo no caminho por causa do pH ácido do estômago, das enzimas e dos sais biliares”, explica o pesquisador.
Para enfrentar esse problema, o estudante desenvolveu um hidrogel de dupla camada, composto por dois polissacarídeos naturais: a quitosana (extraída de cascas de crustáceos), e a goma guar (derivada de uma planta leguminosa). Juntas, as substâncias formam uma estrutura capaz de manter os probióticos vivos até chegarem ao intestino, onde exercem função terapêutica.
O material foi testado em diferentes formulações até alcançar a combinação ideal. Nos ensaios de estabilidade, o hidrogel manteve os microrganismos ativos por até três semanas, sob refrigeração.
O probiótico utilizado é a cepa Lactiplantibacillus plantarum M2, isolada da biodiversidade maranhense a partir da fruta mirim, encontrada em Barreirinhas, a 252 quilômetros de São Luís.

Tubo falcon contendo o hidrogel biopolimérico de duas camadas
Além da proteção oferecida, o hidrogel apresentou ação antimicrobiana comprovada contra bactérias patogênicas responsáveis por infecções gastrointestinais, como Escherichia coli e Salmonella.
“A principal diferença é que a nossa formulação não é apenas um probiótico, mas um sistema de liberação controlada. Enquanto os probióticos comuns são expostos diretamente ao ácido gástrico e têm baixa viabilidade, o nosso hidrogel mantém o microrganismo encapsulado e protegido, fazendo com que ele seja liberado de forma gradual no intestino”, afirma o pesquisador.
O estudo também aposta em matérias-primas naturais e sustentáveis, o que amplia as possibilidades de aplicação em suplementos, medicamentos e alimentos funcionais.
O orientação foi do professor doutor Luís Cláudio Nascimento da Silva, que é pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade CEUMA, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).
[Bruno Goulart]
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