O que você aprende?

O aluno vivencia a produção artística por meio de disciplinas práticas diversas como Desenho, Pintura, Gravura, Fotografia, Cinema e Vídeo, Cerâmica, Elementos da Linguagem Visual e Laboratório da Cor. 

Desenvolve repertório cultural, estético e competências de críticas e de contextualização por meio de disciplinas como História da Arte, Teoria e Crítica de Arte, “Arte Indígena, Africana e Afro-Brasileira”, Cultura Material e Imaterial Regional e Estética. 

Capacita-se para o ensino de arte por meio de disciplinas pedagógicas como Didática, Metodologia do Ensino de Arte e Processos Criativos em Educação.

E depois de formado?

O licenciado em Artes Visuais atuará como professor de Arte/Artes Visuais em instituições de ensino particulares e públicas da rede federal, estadual e municipal, na educação infantil, no ensino fundamental e médio. 

O profissional poderá ainda atuar em instituições de ensino superior, caso haja prosseguimento de sua formação em nível de pós-graduação. Estarão habilitados também para atuar em órgãos públicos e privados especializados como centros culturais, museus, galerias de arte, secretarias de cultura, entre outros campos possíveis da área de Artes Visuais.

Qual a duração do curso?

A Universidade oferta 50 vagas anuais, sendo 25 vagas a cada semestre, no turno matutino, com o período mínimo para integralização do curso de 4 anos e o período máximo de 6 anos.

Onde encontrar na UFMA?

As aulas ocorrem no prédio do Centro de Ciências Humanas (CCH), localizado na Cidade Universitária Dom Delgado, Campus de São Luís.

Depoimentos 

“Entrei no projeto de pesquisa coordenado pela Profª Drª Larissa Menendez, intitulado de Estéticas indígenas: artes visuais Canela e Ka’apor no Maranhão, onde o grupo teve a oportunidade de conhecer e conversar com indígenas que moram no interior do Maranhão e, também, tivemos acesso à artefatos e materiais indígenas para estudar as suas utilidades e significados. Terminado a pesquisa entrei como bolsista, durante dois anos, na Galeria Acadêmica de Artes Visuais, um espaço dedicado à exposição de trabalhos produzido pelos alunos e professores do curso. Como bolsista, atuei na galeria como assistente de curadoria, com montagem e desmontagem de exposições, mediações, organização de cronogramas para as exposições e confecção de relatórios anuais. Paralelo à atuação na galeria, entrei no projeto de extensão intitulado Processos Fotográficos Alternativos, com a coordenação do Profº Drº Pablo Sérvio. O projeto visava estudar os primeiros processos fotográficos de reprodução desenvolvidos pelo homem no século XIX e, partindo desses estudos, o grupo pôde ter experiências desenvolvendo produções com essas técnicas e com os materiais específicos e, como resultado final, houve uma exposição coletiva, na Galeria Acadêmica de Artes Visuais, com a temática do autorretrato intitulada de Eu, Cianotipia. As referências utilizadas nas aulas pelos professores são bastante proveitosas, muitas vezes são materiais que ultrapassam as aulas e refletem em trabalhos posteriores às disciplinas. Um exemplo disso é a escolha do meu tema para o TCC, que escolhi baseada em uma das disciplinas ofertadas no curso, a disciplina de TIC’s, Tecnologias da Informação e Comunicação em Artes."  

Alexia Monteiro, 6º período.

“Muitas atividades relativas ao curso de Artes Visuais partem de estudos práticos e teóricos, ou seja, você entende as práticas, estuda todos os aspectos e depois põe em prática. Dentre as disciplinas regulares do curso, é possível se inscrever e participar dos grupos de pesquisa e extensão que abordam temas e técnicas de forma mais exclusiva e aprofundada. Na extensão de Gravura do Grupo de Extensão e Pesquisa: a Imagem Sobre o Papel (Gepipa), os alunos aprendem sobre os contextos históricos, sobre suportes, materiais e as diversas técnicas utilizadas dos primórdios aos dias atuais. Após esse estudo, iniciamos a parte técnica que é aprender a fazer tintura com ovo e pigmentos naturais (têmpera de ovo), praticamos as técnicas de Xilografia e Serigrafia, dois tipos de impressão ainda muito utilizadas tanto com fins artísticos e até mesmo comerciais, pois você pode monetizar seu trabalho.Ao final do curso preparamos uma exposição na Galeria de Artes Visuais com os trabalhos de todos os alunos participantes. Lá é possível trocar ideias e mostrar os trabalhos elaborados. É uma experiência prática que envolve toda a comunidade acadêmica do curso e da produção de arte local. Após a Extensão, o aluno pode ingressar no grupo de pesquisa e participar de estudos que, até hoje, envolvem acervos das casas de cultura de nossa cidade, como Museus Histórico e Artístico, e o acervo do Palácio dos Leões. Nestes espaços trabalhamos com os estudos de técnicas artísticas e gráficas de vários períodos e lugares diferentes. É um espaço dedicado a estudos e pesquisas científicas que buscam desvendar e apresentar para a sociedade a importância da preservação do papel e das técnicas que estão em nossos museus."

Ana Lúcia Sousa, ex-aluna.

"Cursar Licenciatura em Artes Visuais para além de uma questão de afinidade com várias técnicas artísticas foi um encontro com reflexões, transformações e leques de oportunidades que pude vivenciar enquanto discente. Participei de semanas acadêmicas, workshops, encontros, palestras, oficinas que contribuíram na potencialização da minha formação como futura docente. Dentre estas experiências, destaco minha participação  como voluntária e bolsista do projeto de Extensão "A imagem Sobre o Papel: originais e gravura" - da qual também tive a honra de participar de duas exposições que resultaram do material produzido nas extensões - e  no Projeto de Pesquisa " O Papel na Arte do Maranhão: original e gravura" cuja pesquisa in loco ocorreu na Coleção do Banco Central do Brasil no Museu Histórico e Artístico do Maranhão e na Coleção Artur Azevedo no Palácio dos Leões, ambos projetos foram orientados pela Profa Dra. Regiane Caire. Essas foram as minhas experiências mais importantes no curso uma vez que, por meio do material estudado na pesquisa in loco, pude participar de comunicações e publicações de trabalhos científicos além do Trabalho de conclusão de curso, que aborda sobre um recorte da primeira coleção pesquisada. Foi também, por meio da pesquisa que percebi o meu interesse profissional em conservação e restauro que hoje é minha área de atuação."

Flavia Félix Rodrigues, ex-aluna.

"A escolha do curso se deu pela atração que sempre tive pelas artes. Minha visão sobre o curso era de aprender as técnicas de desenho, da pintura, da escultura, porém, com o passar do tempo fui entendendo que além das técnicas, existia o conteúdo da história da arte. O curso é dividido em disciplinas teóricas e práticas. Hoje entendo que toda essa preparação faz parte do processo de formação de um professor de arte. Então durante meu percurso procurei expandir meus conhecimentos. Participando de encontros acadêmicos, oficinas, grupo de extensão “A imagem sobre o papel” com profª Regiane Caire, estou participando da equipe do projeto de pesquisa sobre a Coleção de Artur Azevedo, liderado pela profª Regiane Caire. Quero destacar a importância dos estágios I e III onde tive a oportunidade de vivenciar na prática os conhecimentos adquiridos no curso. Foi uma experiência muito positiva e gratificante. O estágio II está sendo um grande desafio, diante de um momento atípico as aulas se transformaram em vídeo aula. Posso dizer que o curso tem proporcionado em minha vida um repertório de saberes."

Francinete Santos, aluna.

"No curso, são apresentadas diversas linguagens das Artes Visuais, tais como, Fotografia, Gravura, Cinema, entre outras, esses alinhados com a prática docente e artística. Como parte do percurso, várias curiosidades e questionamentos são levantados nessa vivência, logo, iniciei na extensão “A Imagem sobre o papel” com a professora Dra. Regiane Caire, também, fui bolsista da Biblioteca Setorial do CCH, o que proporcionou uma experiência profissional e contribuiu para a continuação no curso. As experiências com os estágios: curriculares e extracurriculares, onde pude aplicar e aprender o que tinha visto na teoria, o estágio curricular em uma escola pública teceu um fluxo de aprendizagem colaborativa, além disso, as possibilidades de estágio em outras instâncias que trabalham com Cultura e Educação como a Galeria de Arte Sesc e, agora no Museu de Artes Visuais, me fazem vivenciar tudo o que vem sendo estudado – ampliando os horizontes e as potencialidades. Assim, nesse novo contexto educacional, esses processos permeiam e enriquecem o venho construindo para ser Arte-Educadora."

Larissa Micenas

"Optei por Artes Visuais pelo interesse e afinidade com essa área e, também, para aprimorar os conhecimentos teóricos utilizados na minha profissão.Participei do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) no IFMA Centro Histórico e essa foi sem dúvida uma experiência ímpar na universidade, pois me proporcionou o convívio com docente/discentes e a observação de como acontece o diálogo entre eles – as interações em sala de aula, a postura do professor, o tom de voz, a empatia envolvida e muitos outros aspectos tão necessários para que o aprendizado aconteça. Os conhecimentos adquiridos fora da sala de aula da escola também foram muito importantes, como a fase de planejamento das atividades pedagógicas, o plano de curso, o conteúdo de cada semestre, as reuniões com pais de alunos, preparação das aulas, atividades e avaliações da turma. Tive a satisfação de contribuir, juntamente com meus amigos de PIBID, na aplicação de atividades, revisão de conteúdo e avaliações dos alunos utilizando TICs na sala de aula."

Gregório Jansen Cutrim,  aluno

“O curso em Artes Visuais é um importante instrumento de formação docente que também fomenta a formação de profissionais atuantes no mercado de produção cultural local. É um espaço de experiências únicas que integrando teoria e prática, possibilita ao aluno iniciação na área docente e estimula a pesquisa acadêmica tanto escrita quanto a poética.”

Sara Marques, 7º período.

"Entrei no curso de Artes Visuais em 2016 e já vivi experiências das mais variadas. Tive a oportunidade de participar do grupo de extensão “A imagem sobre o papel” liderado pela prof.ª Regiane Caire em 2018 e ao final do ano apresentei junto com outras duas colegas um trabalho no Fórum de Extensão que levou um prêmio na categoria educação. Agora faço parte do grupo de pesquisa liderado pela mesma professora e tem sido um aprendizado gigante! Por ser estudante de Artes Visuais tive o prazer de ser estagiária em três museus da cidade e essa prática foi muito enriquecedora. Já realizei o estágio obrigatório do ensino infantil e foi um desafio em tanto. Colocar os anos de estudo em prática foi difícil e muito gratificante. Porém, o desafio está sendo mesmo agora: o estágio do ensino fundamental sendo feito por videoaula. Que vivência! Cada dia aprendo algo diferente. O curso está sendo uma grande experiência que traz consigo grandes alegrias e às vezes momentos de abatimento, como tudo na vida. Com certeza não vou sair da mesma forma que entrei e isso é o mais importante de tudo." 

Stéfani Sofia Veras Chagas

Fotos:

Projeto de Extensão: A imagem sobre o papel: original e gravura da professora Profª Drª Regiane Aparecida Caire da Silva

Projeto de Extensão: ”Estéticas indígenas contemporâneas: abordagens teóricas e práticas” da Profa. Dra. Larissa Menendez

Fotos da exposição “Eu, Cianotipia” da Extensão em Processos Fotográficos Alternativos do professor Dr. Pablo Sérvio: