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48º Festival Guarnicê de Cinema celebra tradição e inovação audiovisual em edição híbrida
Evento, um dos mais antigos do Brasil, ocorre de 1º a 8 de agosto de 2025, inscrições encerraram ontem (30)
São Luís – O Festival Guarnicê de Cinema, reconhecido como um dos mais importantes do país, chega à sua 48ª edição em 2025, reforçando seu compromisso com a difusão audiovisual e o intercâmbio cultural. Promovido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Diretoria de Assuntos Culturais da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), o evento será realizado de 1º a 8 de agosto, no formato híbrido (presencial e on-line), mantendo sua tradição de valorizar produções nacionais e internacionais, especialmente de países ibero-americanos e de língua portuguesa.
Mostras Competitivas e Premiações
As inscrições gratuitas para as Mostras Competitivas encerraram ontem, 30 de março. Participarão realizadores brasileiros, ibero-americanos e de países lusófonos, com obras finalizadas a partir de julho de 2023. As categorias incluem longas e curtas-metragens nacionais, produções maranhenses (com temática ou realizadores ligados ao estado) e videoclipes.
Os vencedores concorrem ao cobiçado Troféu Guarnicê e a premiações em dinheiro, como o Prêmio Assembleia Legislativa do Maranhão, que destinará 10 salários mínimos à melhor produção local. Destaque também para as categorias técnicas (direção, roteiro, fotografia, etc.) e a votação popular online, que elegerá os favoritos do público.
Novidades e Continuidades
Além do formato híbrido, que amplia o acesso, o festival mantém o seminário acadêmico Ciência Cine Guarnicê, integrando cinema e pesquisa. A Mostra Itinerante, que exibe obras selecionadas gratuitamente em outras localidades, também está prevista, dependendo de viabilidade financeira.
Rememorando Edições Passadas
A edição de 2025 busca seguir o legado de sucesso de anos anteriores. Em 2024, o festival homenageou a multiartista indígena Zahy Tentehar (povo Tentehar-Guajajara), conhecida por atuações em “Cidade Invisível” e “No Rancho Fundo”. Emocionada, Zahy destacou: “Ser reconhecida pelas pessoas de casa é algo que guardarei para sempre”.
Na 47ª edição, sob o tema “Na Trama do Tempo”, o evento refletiu sobre o futuro do audiovisual sem abandonar suas raízes. A mostra especial “Para Não Esquecer” exibiu filmes sobre a ditadura militar, como “A Portas Fechadas” (João Pedro Bim) e “Depois Deste Desterro” (Renan Amaral), resgatando memórias do período. A noite de abertura foi marcada pelo premiado “Estranho Caminho” (Guto Parente), vencedor de quatro categorias no Festival de Tribeca. Parente elogiou o Guarnicê: “Festivais como este mantêm o cinema pulsante”.
Arte e Identidade
A identidade visual da edição 2024, criada pelo grafiteiro Romildo Rocha, mesclou xilogravura, cordel e azulejos portugueses, celebrando a cultura maranhense. Para 2025, espera-se que a arte continue dialogando com as tradições locais e inovações contemporâneas.
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