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A Biblioteca como espaço de interculturalidade marcou presença no XVI Encontro de História da Educação do Maranhão
O projeto de extensão "A Biblioteca como espaço de interculturalidade: práticas de leitura na Biblioteca Comunitária Ler é Preciso, Judite de Sousa Lima", coordenado pela Profª Drª Neusani Ives Felix, marcou presença no XVI Encontro de História da Educação do Maranhão, realizado entre os dias 04 e 06 de junho na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus Dom Delgado, em São Luís.

O evento teve como tema "Investigar e escrever em história da educação na era digital", e contou com a presença de pesquisadores, estudantes e profissionais da educação que trouxeram discussões em torno de práticas e desafios no campo historiográfico educacional.
Durante o evento, o projeto de extensão em questão apresentou quatro trabalhos em forma de banner, que relataram os resultados já alcançados pelo projeto. Os títulos dos trabalhos foram:
1. Tecendo fios de interculturalidade
2. Literatura Indígena: contação de história e pertencimento
3. Biblioteca Comunitária Judite de Sousa Lima: literatura infantil e decolonialidade
4. A contação de história como ferramenta de educação intercultural na Aldeia Morro Branco - Grajaú/MA
As apresentações foram realizadas pelas discentes Pricila Santos de Almeida, voluntária no projeto; e pelas alunas Geislane Lima Rodrigues e Aline de Souza Machado, bolsistas da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) da UFMA. Elas destacaram o papel da Biblioteca Comunitária Ler é Preciso, Judite de Sousa Lima como espaço de encontro entre saberes interculturais, especialmente no contexto da educação dos povos indígenas.
Durante a apresentação, um dos pontos questionados pelas avaliadoras foi a relação entre a área que as discentes cursam (Química e Geografia) e a temática apresentada (leitura e interculturalidade) visto que geralmente este tema é abordado por profissionais das áreas de Pedagogia, Biblioteconomia e da História. Em resposta, as discentes enfatizaram que embora cursarem Ciências, precisam formar alunos com pensamento crítico e lógico, sendo que para imbuir os alunos com tal característica é necessário desenvolver a formação de leitores. Além disso, por ser um curso de licenciatura, elas estão se formando para atuar com pessoas e a diversidade cultural vivenciada na escola indígena, prepara-as para esse mundo de pluralidades.
A iniciativa reforça o compromisso da universidade com a inclusão, a valorização das identidades culturais e a produção de conhecimento enraizada nas realidades locais.
A participação no evento contempla um dos objetivos do projeto que é compartilhar no meio científico os resultados das ações desenvolvidas pelo projeto, ações que sempre contaram com a participação da comunidade indígena da Aldeia Morro Branco e seus representantes. Este compartilhamento ainda possibilita a ampliação dos diálogos sobre o assunto e o fortalecimento da extensão universitária.