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Práticas e Saberes em Psicologia

publicado: 04/07/2024 10h19, última modificação: 05/07/2024 11h32
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A Equipe SEP apresenta o “Práticas e Saberes em Psicologia”, espaço dedicado a divulgação dos trabalhos e conhecimentos dos professores, profissionais e estagiários que atuam no Serviço Escola de Psicologia – SEP. Nosso objetivo é compartilhar relatos de experiências, apresentar intervenções e discutir assuntos contemporâneos relevantes no campo da psicologia.

Nós iniciamos com a exposição da professora doutora do curso de graduação de Psicologia da Universidade Federal do Maranhão, Nazaré Costa. Ela apresenta um pouco do trabalho que desenvolve no Serviço Escola de Psicologia como supervisora. Acompanhe nossas edições aqui no site!

Intervenções em grupo no SEP

Por Profa. Dra. Nazaré Costa

Profa. Wanderleia
Legenda e crédito

As intervenções clínicas em grupo voltadas para a depressão estão inseridas no contexto do Estágio Específico em Clínica Analítico Comportamental, que ocorre, desde 2002, sob minha supervisão.

A primeira intervenção psicoterápica em grupo para pessoas com depressão ocorreu no ano de 2013. Após esse primeiro grupo, sete propostas ora de psicoterapia, ora de grupo psicoeducativo para pessoas com depressão ou para pessoas que se interessam em entendê-la, foram divulgados. Destas, três foram realizadas, sendo que nos últimos anos as intervenções ocorreram tendo como modelo psicoterápico a Ativação Comportamental, considerando que estudos demonstram sua eficácia.

 A Ativação Comportamental parte de uma compreensão de depressão que se distância do modelo médico, entendendo-a como um conjunto de comportamentos que têm relação direta com a vida que cada pessoa teve (passado) e que tem atualmente. Dessa forma, o trabalho de intervenção envolve, necessariamente, olhar e buscar mudanças na vida das pessoas.

 Nosso grande desafio na formação de grupos psicoterápicos tanto para pessoas com depressão, quanto com outros tipos de problemas psicológicos, está relacionado a fatores como uma cultura que privilegia o indivíduo e, consequentemente, intervenções psicoterápicas individuais, assim como medo de se expor e mitos e/ou desconhecimento acerca da eficácia de intervenções em grupo.

Pretendo continuar investindo nesse tipo de intervenção, tanto porque os dados mostram sua eficácia, quanto porque, especialmente em contextos públicos, intervenções clínicas em grupo diminuem o tempo de espera para atendimento, assim como democratizam o acesso aos serviços de saúde psicológica.

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