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Pesquisa busca analisar se a pandemia afetará os primeiros mil dias de vida dos bebês

publicado: 12/05/2020 14h54, última modificação: 12/05/2020 15h07

Ainda em processo de planejamento, a pesquisa “Indicadores de qualidade da assistência à mulher e à criança nos primeiros 1000 dias: uma análise pré e pós pandemia da Covid-19” objetiva analisar se a pandemia causada pelo novo coronavírus irá resultar em mudança na tendência de indicadores referentes à atenção ao pré-natal, parto, nascimento, puerpério e puericultura (1ª consulta do bebê, realização do teste do pezinho em tempo oportuno e cobertura vacinal em menores de 24 meses).

Orientada pela professora Erika Thomaz, a pesquisa consiste na dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Maranhão realizada pela enfermeira e discente Mariana Sodré Lopes.

Erika Thomaz conta que a pandemia e a instituição de medidas de distanciamento social levam a pensar que isso terá impacto na organização dos processos de trabalho no Sistema Único de Saúde, inclusive na atenção primária à saúde, reduzindo, potencialmente, a cobertura e a qualidade da assistência dispensada aos usuários dos serviços de baixa e média complexidade.

“Diante deste cenário, surge a preocupação em relação à atenção em saúde ofertada às gestantes, parturientes, puérperas e às crianças. Preocupa-nos o fato de as visitas domiciliares, consultas e exames de rotina, monitoramento de portadores de outras condições estarem sendo de certa forma ‘esquecidos’ e deixados em um segundo plano”, ressaltou a docente.

Ela destaca a possibilidade de graves consequências se os cuidados a mulheres e crianças nos primeiros mil dias – que correspondem da concepção até os dois anos de idade – sejam negligenciados, pois compreendem um período importante para o crescimento e desenvolvimento da criança, assim como para a saúde da mulher.