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Grupo de pesquisa de jornalismo mantém suas produções em atividade pela internet
Mesmo durante o isolamento social, estabelecido em todo o país em prevenção ao coronavírus, o grupo de pesquisa “Jornalismo de Fôlego: reportagem, aprofundamento e contexto”, do Câmpus de Imperatriz, segue com seus estudos. O grupo é voltado para a área de comunicação social, bem como as produções jornalísticas nacionais, com foco na análise aprofundada dos textos jornalísticos.
O criador e coordenador do Grupo, professor Alexandre Zarate, do Departamento do Curso de Jornalismo, explicou que a manutenção das atividades é possível por conta da viabilidade de a pesquisa ser feita pela web. “Eu tomei a decisão de manter as pesquisas porque elas são totalmente desenvolvidas pela internet. Coletamos as informações digitalmente e produzimos os textos. Todas as entrevistas são feitas por meio de videochamada”, detalhou.
O professor também falou sobre as práticas do projeto. “O grupo de pesquisa ‘Jornalismo de Fôlego’ está preocupado em estudar toda e qualquer forma de manifestação do jornalismo produzida com mais paciência, mais cuidado e tempo, ouvindo várias fontes, como especialistas e pessoas comuns. É um jornalismo preocupado em ouvir um leque grande de pessoas, em oferecer dados e números por gráficos e de forma interessante”, explanou.
Atualmente duas vertentes são abordadas pelo grupo, “Jornalistas-escritores de livros-reportagem no Nordeste: perfis profissionais, obras e rotinas produtivas”; e “Jornalismo de fôlego no Brasil: mapeamento, práticas e prêmios Período”, ambos direcionadas à produção jornalística no Brasil.
“Aprofundamos nos livros-reportagens que tratam de fatos históricos importantes ou biografias jornalísticas, sobre nomes importantes da cultura brasileira, por exemplo. É um jornalismo que pode ser considerado ‘vacina’ para fake news, que não está preocupado se vai ser publicado hoje ou amanhã, mas, sim, com o aprofundamento dos fatos. No atual livro estamos estudando autores nordestinos, jornalistas escritores que escrevem sobre temática do Nordeste. Estamos entrevistando autores de vários estados. São jornalistas que se preocupam em esmiuçar determinados fatos ou biografias e transformam em livro”, explicou.
No “jornalismo de fôlego”, os integrantes estudam as informações presentes em qualquer tipo de mídia, reportagens voltadas às questões sociais, publicadas e premiadas no quadro nacional: “Estamos nesse universo de inverdades onde somos bombardeados diariamente na internet em geral, e isso causa uma desorientação nas pessoas. É uma forma de o jornalismo resgatar o seu norte, de explicar as grandes problemáticas, orquestrar vozes e propor soluções”. O professor também relatou que já realizaram uma oficina com professores da rede pública, mostrando como os livros-reportagens podem ser utilizados em sala de aula, antes da reclusão em decorrência da pandemia do coronavírus.