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"As universidades são um dos maiores aliados no enfrentamento do coronavírus", afirma presidente da Andifes

publicado: 21/08/2020 12h44, última modificação: 21/08/2020 13h09

 Publicado originalmente em 20/08/20, no site da Andifes.

*A arte que ilustra essa matéria é de autoria da Unifap (@unifapoficial)

Em coletiva de imprensa remota, na tarde dessa quinta-feira (20), a Andifes anunciou que 54 universidades federais já estão com resoluções visando o retorno emergencial remoto das aulas na graduação. Conforme informou o presidente, reitor Edward Madureira (UFG), a suspensão das aulas fez parte de um conjunto de ações para o enfrentamento da pandemia de forma proteger a comunidade acadêmica e a sociedade civil, uma vez que as universidades estão inseridas em todos os estados brasileiros.

“As universidades federais brasileiras jamais paralisaram suas atividades. Ao contrário, se apresentaram, desde o primeiro momento, para o enfrentamento desse vírus e dos desafios impostos pela pandemia, deixando à disposição os laboratórios e sua estrutura. O primeiro compromisso que assumimos foi com a vida, entre a comunidade interna, suspendendo as atividades presenciais e os calendários acadêmicos, mas também compromisso com a vida da população”, destacou o presidente.

O reitor afirmou que além de manter as rotinas administrativas, foram feitas adequações para atender às necessidades que foram surgindo no enfrentamento da pandemia. “As universidades passaram a realizar testes na população, atendimento de pessoas que foram infectadas pelo coronavírus, desenvolveram equipamentos de segurança, adequaram leitos hospitalares, além da dedicação na pesquisa, na assistência e na extensão. Enquanto durar essa pandemia, as universidades estarão à disposição do país. Elas são um dos maiores aliados da população brasileira no enfrentamento do coronavírus”, garantiu Edward.

O retorno das atividades de graduação está sendo realizado, de forma gradativa, respeitando a autonomia, as especificidades e a própria dinâmica da pandemia em cada território, e considerando as condições de biossegurança e o estabelecimento de meios técnicos e legais necessários. Dessa forma, as universidades aprovaram resoluções com distintos modelos e calendários para atividades remotas na graduação. Esses modelos têm como referências a preservação da saúde de alunos, docentes e técnicos, a mitigação de danos, a maior qualidade e inclusão possíveis. Haverá avaliações constantes de resultados e ajustes, quando necessário.

“Com a inviabilidade de retorno presencial, o cronograma previsto precisou ser adaptado, seguindo protocolos de biossegurança e de forma a garantir que todos os estudantes tivessem acesso às aulas, já que uma proporção significativa teria dificuldade de acesso à internet ou a equipamentos necessários para isso. Realizamos também o diagnóstico dos nossos meios, para que a nossa infraestrutura de TI conseguisse atender a toda a necessidade”, explicou Edward.

54 universidades já definiram o novo calendário remoto emergencial e, até setembro, praticamente toda a rede universitária federal estará com o ensino remoto emergencial em exercício.

Contexto
Desde a declaração da pandemia pela OMS, a exemplo de outras instituições em todo o mundo, as universidades federais suspenderam as atividades presenciais, salvaguardando pessoas. O apoio aos alunos que demandam assistência estudantil e aos grupos de risco foi uma prioridade. Visando à continuidade de atividades inerentes, buscou-se a compreensão da dinâmica da pandemia e suas inevitáveis consequências; orientadas pela ciência, experiência internacional e a solidariedade, promoveram estudos, diálogos com as autoridades federais, estaduais, municipais e com a comunidade acadêmica.